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Extrapolando

 Quando, recentemente, estudantes e a população sairam às ruas em grandes manifestações e protestos, que chegaram a reunir mais de 100 mil, a principal reivindicação era a melhoria dos serviços públicos essenciais, como o transporte coletivo, a saúde, educação, segurança pública e o combate à corrupção e aos privilégios da classe política.

Surpreendidos por esse clamor, os governantes de todos níveis, federal, estadual e municipal, trataram de tomar imediatamente algumas providências e ainda estão tomando. A seguir, por efeito colateral, saíram também às ruas diversas categorias profissionais e algumas delas decretaram paralisações e greves.

Como se disse e vale repetir, nada a opor a esse movimento. É legítimo e até necessário. A questão que se põe agora é que essas paralisações e greves  “por tempo indeterminado”  já estão começando a comprometer e prejudicar justamente aquilo que a população mais reivindicava: a melhoria dos serviços públicos.

E em alguns casos, como se observa aqui no Estado, são movimentos contaminados por interesses políticos, liderados inclusive por políticos profissionais. Isso sim não é legítimo e não conta com o apoio e respeito da sociedade. As verdadeiras lideranças precisam rever suas posições. Podem estar extrapolando.

Categories: EDITORIAL
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