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O velho mundo

 Em 2011, tive a maior experiência pessoal e profissional da minha vida: conhecer e mostrar meu trabalho na Europa, mesmo sem falar inglês, com um o “portunhol de fronteira” adquirido em outras viagens pela América do Sul.

 Embarquei em uma aventura ao Velho Continente para apresentar meu trabalho, mostrar as belezas amazônicas do nosso Estado do Acre,  Amazônia e Brasil. Uma experiência ímpar: descobrir culturas, imaginando os cenários vistos nos filmes de época e contemporâneo vistos apenas nas telas.

 Saindo de Rio Branco e passando por São Paulo, fiquei um dia em Guarulhos, ansioso para embarcar ao desconhecido. Enfim, voando em um avião Airbus em um voo com duração de mais de oito horas até Madrid, capital da Espanha, e chegando ao destino final: Viena, na Áustria, terra de Adolf Hitler.

 Da Áustria, fui para outros países do leste europeu. Visitei e fotografei com um olhar entusiasmado pela beleza e organização do Primeiro Mundo (países do Norte), muito devastados por guerras antigas e modernas. Vi o estilo moderno nas construções em meio às histórias antigas dos tempos feudais da Idade Média.

 Em nosso Acre, tem uma  modernidade que vi pelas andanças na Europa: as ciclovias, por exemplo. Até passei a dar mais valor às coisas simples como andar de bicicleta. Mas, o fator primordial é a formação da juventude, que está mais esclarecida. Exemplo disso foi o fato ocorrido em nosso país, manifestos orquestrados pelas redes sociais: sentimento de mudança e não partidária com uma única bandeira, a da nação.

 Os jovens são o futuro do nosso Brasil. Na minha passagem por lá, pude acompanhar um fato igual ao nosso aqui: milhares de pessoas nas praças e ruas reivindicando contra a crise europeia. A maioria jovem com mesmo objetivo comum. Nosso país, a partir desses manifestos, não será o mesmo, para nossa felicidade e das futuras gerações.

* Odair Leal é jornalista fotográfico.
E-mail: odairleal@gmail.com

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