Não se tira o direito nem a razão de os apostadores ou divulgadores da Telexfree de se manifestarem para tentar reverter no Ministério Público e na Justiça o bloqueio imposto à empresa.
Perdem, porém, o direito e a razão na medida em que essas manifestações ferem o direito da sociedade, atrapalhando o transporte coletivo, o trânsito. E pior do que isso, ao fazer ameaças de morte, como se tem divulgado contra a juíza que acatou a representação do Ministério Público.
Se, como alegam, trata-se de uma atividade legal, da qual participam pessoas de bem, trabalhadores, mais uma razão para se comportarem também como pessoas de bem, sensatas, fazendo valer seus direitos e aguardando a decisão no âmbito da Justiça. Outras manifestações indevidas e até criminosas só depõem contra.
De outra parte, o que se observa neste episódio que tomou conta do país é que os órgãos fiscalizadores se omitiram e falharam na fiscalização desta e de outras empresas do gênero, permitindo que expandissem suas atividades, sem nenhum controle e mesmo orientação.
Com o problema agora posto, é preciso responsabilidade e bom senso de ambos os lados, evitando excessos que só agravam a situação de milhares de pessoas que investiram de boa-fé na empresa.