Anuncia-se para hoje novas grandes manifestações e protestos em todo o país, envolvendo centrais sindicais, servidores públicos federais e outras categorias, como a dos motoristas de ônibus, que já estão parados em várias capitais.
Vale sempre repetir: nada a opor a essas manifestações. São legítimas e necessárias e como se está assistindo serviram para desencadear uma série de medidas benéficas na melhoria dos serviços públicos essenciais, forçando os governos e a classe política a tomar atitudes. Pode-se até dizer que este país não será mais o mesmo depois dessas manifestações.
Contudo, é preciso ponderar que esse movimento não pode ser instrumentalizado e contaminado por interesses político-eleitoreiros ou mesmo revanchistas, como alguns segmentos estão tentando.
Além disso, é preciso ponderar que na ânsia apenas de reivindicar ou simplesmente protestar não venha a prejudicar os serviços que a própria sociedade está exigindo sua melhoria, apelando para o vandalismo e outras práticas marginais e até criminosas.
De sindicalistas, professores, servidores públicos exige-se o mínimo de bom senso e respeito às normas vigentes. Extrapondo esses limites, perdem a razão e acabam perdendo também o apoio e o respeito da sociedade.