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Resgate da fé católica

 A Jornada Mundial da Juventude, realizada neste ano no Rio de Janeiro, está linda de se ver. E não é pelo evento em si, mas ao que representa. Por todos os cantos eu vejo jovens declarando com firmeza o orgulho de fazerem parte da Igreja Católica.

 Muitos aguardavam ansiosos pela chegada do Papa Francisco. Alguns ironizavam e ridicularizavam a sua missão. Já outros acreditam que um simples olhar cruzado com o santo padre, ou uma bênção vinda dele, irá mudar por completo as suas vidas espirituais.

 Enfim, o Papa chegou à terra de Deus. E pasmem: ele dispensou protocolos, colocando em risco, inclusive, a sua segurança. Francisco passeou pelas ruas cariocas com olhar terno, sorridente e simpático, emo-cionando até os de outras religiões.

 Sim, o Papa é pop e é o maior representante de Jesus Cristo na terra, para os católicos. A sua vinda ao Brasil, pela Jornada Mundial da Juventude, reuniu, segundo a diretoria de inscrições, 175 países no evento. São mais de 375 mil peregrinos inscritos. É muita gente!

 Neste país, grande parte da população segue o catolicismo. É algo cultural. Lembro que desde pequena costumo ouvir de pessoas que nunca foram à igreja se dizerem católicas. A justificativa vinha geralmente assim: “Ah, lá não preciso usar saia, nem evangelizar. A igreja é um lugar onde posso ir de vez em quando”. Porque mesmo sem cumprir com as tarefas cristãs, no fundo elas acreditam que precisam se agarrar a algo, temendo o que vem após a morte.

 Em terras acreanas, ainda é possível encontrar os intolerantes. Sendo bem franca, para mim existem algumas pessoas que mais parecem pregar para o diabo do que a Deus.

 Desespero, tristeza ou depressão, não importa o que te faz buscar uma fé. Acho válido que antes mesmo de aceitar um Deus, precisamos nos aceitar enquanto gente. A igreja deveria apenas apontar um norte para a vida religiosa de quem a possui e não ser a única fonte de salvação.

 Diante disso, estou feliz com o movimento levantado pela Igreja Católica. Espero que não seja como chuva de verão. E que o Papa Francisco continue sendo exemplo de humildade para o mundo, o que anda faltando em muito líder religioso por aí.

* Brenna Amâncio é jornalista.
E-mail: brenna.amancio@gmail.com

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