Para o torneio, os atletas estão treinando e tendo uma rotina pesada. Cristiane, que é técnica em gestão pública e pesa 55 kg, faz academia há três anos, mas intensificou os treinos há três semanas. Os dias têm sido de comprometimento. Pela manhã ela treina, e na parte da tarde trabalha. A noite é para descansar.
“Tem dia que dá vontade de desistir, que dá vontade de comer tudo, mas me controlo (risos). Além dos exercícios pesados, também tem a dieta. O professor pega pesado”, comentou ela, que aproveita o ‘domingo do lixo’ para consumir os chamados alimentos ‘proibidos’.
O ‘professor’ a quem ela se refere é o educador físico Heider Pereira, que pela primeira vez prepara atletas para uma competição de Fisiculturismo. Segundo ele, manter uma boa rotina de treinos e se dedicar é fundamental para obter resultados na academia.
“É um trabalho árduo. O atleta tem que comer muita proteína, pouco carboidrato e não pensar em consumir açúcar. Uma dieta balanceada, treinos adequados e um bom descanso são fatores importantes para conseguir chegar onde deseja”, explicou.
O outro representante acreano, também treinado por Heider Pereira, é o capoeirista Eduardo Pavoski, que tem 80 kg e 1,77m de altura. Ele treina há cinco anos e se prepara para a etapa Geisa Vitorino há sete semanas.
Preconceito
‘As aparências enganam’. Ter um corpo sarado e ser atleta de fisiculturismo atrai controvérsias. Treinos a base de anabolizantes não são recomendados, segundo Heider Pereira. De acordo com ele, é possível ter um corpo bem definido e não tomar substâncias injetáveis. Uma combinação que não deve ser levada em consideração pelos esportistas.
“Com um bom treino e suplementação adequada é possível ter o corpo desejado. Malhar hoje em dia é um estilo de vida. Ainda existem preconceitos, mas acho que isso aos poucos está sendo quebrado”, completou. (João Paulo Maia / Globoesporte.com)