Vez por outra, se assiste ainda tentativas de ocupação ou invasões de áreas desocupadas no entorno da cidade por famílias carentes entrando em confronto com a polícia que cumpre ordens do poder público ou da Justiça.
Não se ignora que, em muitos casos, são famílias que, realmente, precisam de um pedaço de chão para erguer suas casas. Contudo, está mais do que provado que não é desse modo que se vai melhorar o ordenamento da cidade e, muitas vezes, nem as condições de vida dos próprios ocupantes que ficam relegados à própria sorte, sem nenhuma infraestrutura urbana.
Todos os problemas que Rio Branco ainda enfrenta, como as enchentes que se repetem praticamente todos os anos, decorrem da ocupação desordenada causada pelo êxodo rural na década de setenta, com a omissão e até complacência do poder público.
Insistir neste tipo de ocupação é irresponsabilidade não de quem precisa, mas de quem tem a obrigação de ordenar o crescimento da cidade, e neste aspecto alguns políticos têm sua quota de responsabilidade enquanto fomentam este tipo de invasão para amealhar voto fácil.
Os governos federal e esta-dual estão executando vários projetos de habitação popular para diminuir ou até mesmo zerar o déficit habitacional. Este é o melhor caminho para resolver este grave problema social. Invasões ou ocupações desordenadas só agravariam ainda mais o problema.