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Ufac adere ao programa Mais Médicos

 O Conselho Universitário da Ufac, órgão máximo da instituição, definiu aderir ao programa Mais Médicos, em votação realizada na tarde de ontem. Foram 27 votos a favor, 9 contra e 4 abstenções.
 
 Os acadêmicos de Medicina e outros conselhos até tentaram impedir a decisão, mas não teve jeito. Com isso, o curso de Medicina da Ufac fica autorizado a supervisionar os trabalhos dos profissionais cubanos no Estado.

 O representante do Centro de Saúde, da Ciência e do Desporto, João Petrolitano, participou da reunião com o objetivo de adiar a votação. “Entendemos que essa é uma decisão muito delicada e que precisa de mais tempo para ser definida”, afirmou João, antes da resolução.

 O acadêmico do 5º ano de Medicina, Arão Castro, alega ser contra, porque o diploma adquirido fora do país deve passar pelo Revalida. “Não aceitamos este Programa Mais Médicos da forma como ele foi proposto. Acreditamos que isso não trata a causa do problema da Saúde Pública no país”.

 Ainda de acordo com o universitário, os alunos não estão exatamente desaprovando a vinda dos médicos estrangeiros, mas sim os problemas de infraestrutura dos hospitais. “Daqui a 3 meses, por exemplo, quando os médicos cubanos começarem a pedir exames para toda a população do Brasil, vai crescer uma fila enorme, porque não há estrutura adequada. Nosso problema não é a vinda dos estrangeiros, mas a forma como estão vindo. Queremos profissionais revalidados”.

 O reitor da Ufac, Minouro Kimpara, apoia o reforço de médicos, mas admite que o programa precisa ser avaliado com cautela.

 “É um clamor da sociedade. Há uma necessidade de médicos, principalmente na Região Norte. É uma situação clara. Quem não vai querer médicos onde não tem? No entanto, há uma resistência também por parte dos profissionais daqui, devido a alguns procedimentos não estarem de acordo com prerrogativas da legislação brasileira. Creio que debatendo, vamos chegar a um consenso. Isso não é uma vontade do reitor, mas sim da universidade. Que a vontade da maioria prevaleça, com respeito à decisão da minoria”, declara.

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