Além de se prestar para a conscientização na prevenção dos acidentes, a Semana Nacional do Trânsito deve suscitar também entre os administradores públicos e a sociedade outra reflexão igualmente importante: a necessidade cada vez mais premente de uma política de mobilidade urbana que privilegie o transporte coletivo em suas diversas modalidades.
A experiência, sobretudo nas grandes metrópoles, tem demonstrado que a ênfase que se deu nas últimas décadas ao transporte individual está praticamente inviabilizando o trânsito, levando-o ao caos.
Tanto para quem usa o carro particular como o transporte coletivo, sobretudo, o ônibus, a necessidade de ir e vir ao trabalho, à escola ou a outros destinos demanda horas consecutivas para percorrer alguns poucos quilômetros.
Se para as grandes metrópoles, o problema tornou-se quase insolúvel, os gestores públicos e a sociedade das pequenas e médias cidades deveriam aprender com esses exemplos e corrigir enquanto é tempo esse grave problema.
E isso se faz invertendo prioridades, como a de começar a privilegiar no planejamento urbano o transporte coletivo, aumentando não só a quantidade, mas também a qualidade desse serviço. É burrice, é estupidez cometer erros que podem ser evitados e corrigidos a tempo.