A previsão e a preocupação de autoridades é a de que deverão ocorrer manifestações ruidosas e até mesmo violentas durante as solenidades alusivas ao Dia da Independência, que se comemora neste sábado.
Nada a opor à livre manifestação. Faz parte do regime democrático. No entanto, é preciso distinguir o que são manifestações legítimas, pacíficas e protestos violentos, promovidos por grupos ou grupelhos que não têm nenhuma representatividade junto à sociedade , com objetivos apenas de tumultuar e investir contra o patrimônio público e privado, como se tem assistido, nos últimos meses.
Uma coisa é a sociedade, através de suas entidades representativas, sair às ruas para exigir a melhoria dos serviços públicos e o fim da corrupção e dos privilégios da classe política, como se assistiu em junho passado. Outra coisa são os protestos ou arruaças violentos que surgiram no vácuo dessas manifestações promovidos por grupos mascarados, com tendências anarquistas e até mesmo fascistas.
Depois de quase três décadas de ditadura militar, a sociedade brasileira não pode permitir que o Estado Democrático de Direito e suas instituições sejam ameaçadas por esses grupelhos sem causa.