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Acreanos consomem menos peixe por ano do que o indicado pela OMS

Para valorizar a produção de piscicultura, a Prefeitura de Rio Branco, em parceria com o Governo do Estado, iniciou ontem mais uma feira do peixe, na Central de Abastecimento de Rio Branco (Ceasa). A comercialização vai até o próximo domingo, 29.

De acordo com o diretor- presidente do Ceasa, Paulo Sérgio Braña, essa é a 3ª vez que a feira é realizada no mês de setembro, com o intuito de incentivar a venda do pescado e da produção familiar.

O preço do peixe é livre. Braña explica que o valor fica sob a responsabilidade da negociação entre o produtor e o consumidor.

A meta do Ceasa é comercializar 30 toneladas de peixe até o domingo. Além disso, estima-se a venda de 60 toneladas de produtos hortifrutigranjeiros.

Braña aponta que, segundo dados do IBGE, o consumo de pescado no país é pequeno. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que cada pessoa coma pelo menos 12 kg de peixe por ano. No entanto, no Brasil, o consumo se limita a 7 kg. Sobre esse índice, o acreano aparece comendo apenas 8 kg. “Isso ainda é muito pouco. Tem gente que come a carne vermelha 7 vezes na semana. Precisamos nos conscientizar de que o peixe contém proteínas saudáveis, que podem melhorar a qualidade da saúde”.

Ainda segundo o coordenador da feira, esse levantamento pode ser explicado devido o processo cultural das pessoas que vivem no Acre. “Nos anos 80, o Estado não tinha produção de pescado. Lembro muito bem que nós esperávamos o peixe que vinha de fora. Além disso, há a história de que o alimento possui muita espinha. Porém, hoje em dia, já existem meios para vender apenas o filé do peixe”.

Entre os parceiros para a realização da feira está a Superintendência da Pesca e Aquicultura no Acre, o Sebrae, a Embrapa, a Unisol, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, além da própria Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Acre.

Durante o lançamento da feira, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), no Acre. Os governos estadual e federal fecharam parceria para cadastrar 2 mil produtores.

O programa propicia a aquisição de alimentos de agricultores familiares, com isenção de licitação, a preços compatíveis aos praticados nos mercados regionais.

O PAA é desenvolvido com recursos dos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA). As diretrizes do PAA são definidas por um Grupo Gestor coordenado pelo MDS e composto por mais cinco Ministérios.

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