Até o próximo sábado, quando encerra o prazo estipulado pela Justiça Eleitoral para filiações partidárias aos pretensos candidatos às eleições do próximo ano, vai-se assistir ao espetáculo deprimente do “troca-troca” de partidos ou do “feirão”, como está sendo designado pela mídia.
O mesmo espetáculo ocorre com a criação de novos partidos que serão referendados ou não pela Justiça Eleitoral, de acordo com as exigências legais. Como se a quantidade já existente de mais de 30 siglas não fosse suficiente para compor essa caricatura de uma suposta democracia pluralista.
Tanto num como noutro caso, o que move a classe política são interesses puramente fisiológicos e até mesmo mercantilistas, fazendo desses partidos moeda de troca por cargos e por outros interesses escusos.
A conclusão que se chega é a de que a classe política continua surda e omissa diante do clamor da sociedade brasileira que exige novos valores e comportamentos mais dignos daqueles que se apresentam para representá-la nos parlamentos.
Os políticos, com raras exceções, fingiram que escutaram o clamor das ruas, mas, na prática, continuam os mesmos.