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Marcus Alexandre: “o Shopping Popular é um sonho antigo, uma construção coletiva”

Em entrevista ao Acre Economia, prefeito de Rio Branco Marcus Alexandre fala sobre os detalhes do Shopping Popular e explica por que o projeto é uma “construção coletiva”. O investimento no novo espaço é de R$ 17,26 milhões, e o edital para obra será aberto no próximo mês. Marcus Alexandre fala também sobre as  obras na região central da cidade para realizar o “Natal no Calçadão”. O projeto é resultado de emendas parlamentares dos senadores Jorge Viana, Aníbal Diniz e dos deputados Sibá Machado e Henrique Afonso.

São R$ 3 milhões que serão canalizados para a construção de banheiros, mudança de pisos do Calçadão e também iluminação especial.

Shopping Popular
O Shopping Popular é um sonho antigo de ter ali uma estrutura melhor. Desde a época que o Jorge era prefeito e construiu os mercados Aureliano Cirilo I e II que todos sonham de ter uma condição melhor naquele local. O que aconteceu nos últimos anos foi uma explosão de comerciantes no Calçadão. Porque parte dos comerciantes que estavam no Mercado Velho, em frente ao Palácio Rio Branco, eles migraram para lá. Hoje, mais que um sonho é uma maneira de organizar melhor aquele espaço.

Calçadão é prioridade
A Prefeitura de Rio Branco voltou seus olhos para o Calçadão. Estamos com equipe social lá. Estamos trabalhando com policiamento no terminal 24 horas, com uma base fixa da PM nesse convênio que fizemos; minha presença é muito constante lá. Nós estamos recuperando as pensões que vamos inaugurar, no início do próximo mês. Tudo isso para fazer com que o Calçadão seja um local agradável e seguro.

Calçadão X Via Verde
Quem esteve no Calçadão ano passado percebeu que o Calçadão perdeu muito com o Via Verde. Porque o shopping oferece segurança e conforto. São coisas que o Calçadão não estava oferecendo. Pelos números que eu tenho, houve redução em mais de 50% da criminalidade ali no Calçadão. Havia o problema do conforto que a gente ainda está enfrentando. Nós tínhamos as barracas desorganizadas em frente ao Colégio Acreano.

Investimento
Ao todo, a obra do Shopping está orçada em R$ 17,26 milhões de investimento. Foi o senador Jorge Viana quem fez a negociação com o Ministério do Turismo; o governador abriu mão de parte dos recursos do Programa de Desenvolvimento do Turismo [programa do Governo Federal com o BID] que iam para o Estado; o senador Aníbal me acompanhou em todas as audiências técnicas que tivemos, e você ir acompanhado de um senador nessas agendas faz muita diferença, e, como o nosso projeto executivo estava muito detalhado, o ministério encontrou uma maneira de liberar a verba direta para a prefeitura. Com esse arranjo e esse esforço conjunto, o convênio foi liberado em maio.

Novidade?
O shopping não é novidade porque é um sonho antigo e eu assumi esse compromisso na campanha com as minhas idas lá. Avalio que a novidade é o jeito com que nós estamos fazendo. Em janeiro, eu convidei todos para uma reunião no Colégio Acreano. Eu disse: ‘Nós vamos começar a elaborar o projeto do shopping e eu gostaria muito de construir uma comissão com representante de cada segmento para nos ajudar a conceber o shopping porque cada atividade comercial tem a sua demanda’. Construímos a comissão, junto com arquitetos, engenheiros, Sebrae. O projeto ficou pronto no fim de março. Chamei todos novamente. ‘Agora, nós temos que oficializar uma Comissão da Transparência’. Eles fizeram uma votação e elegeram as cinco pessoas entre eles em que eles mais confiam. Essas pessoas integraram a Comissão de Transparência. Colocamos junto com o sindicato [dos vendedores ambulantes], Governo do Estado e Câmara de Vereadores. Foi essa comissão que mandou para a prefeitura a lista dos permissionários, foi quem revisou o cadastro que a prefeitura tinha e é essa comissão que articula, junto com o Sebrae o treinamento dos permissionários que irão para o shopping.

Licitação 18 de novembro
A licitação abre dia 18 de novembro. Até o fim do ano é assinar a ordem de serviço que eles nos ajudaram a conceber. É um shopping que todos vão se sentir parte do projeto. Nós podemos construir a melhor obra, mas se ele não tiver vida não adianta nada. A inovação é o jeito como a prefeitura está fazendo.

Boa expectativa
Eu vejo que a maioria está apostando no projeto do shopping. Pode haver uma ou outra dúvida, mas se consolida a ideia de que com esse conjunto de medidas, eles vão vender mais. Porque uma vez oficializada a permissão ele passa a ter direitos e não só deveres. E ele passa a ter uma segurança de que aquele espaço, desde que cumpridos os deveres, ele vai ter um espaço de comercialização para o resto da vida. Assim é a permissão. Há segurança, inclusive para a família, porque se acontecer alguma coisa com o permissionário, a permissão fica com a família. Não volta para a prefeitura pela lei atual. Eles já têm a preocupação de ter um bom produto e conquistar o cliente. Alguns ainda tinham a preocupação de que a qualquer momento, a prefeitura poderia passar e tirá-los de lá. Quando você cria essa segurança para a ser o produto e o cliente. Deixa de ser a prefeitura. Essa segurança o shopping vai proporcionar.

Perpétua
Na transição [Angelim para a atual gestão], eu fui informado de que havia uma emenda da deputada Perpétua para a construção do shopping. Eu desconhecia isso até o momento da transição. E aí, nós tentamos liberar o recurso que era do orçamento de 2012. Infelizmente não conseguimos. Eu tentei e ela tentou. Então, de fato, esse ano, nós começamos do zero. Mas, havia, sim, uma emenda dela, de 2012 para a construção do shopping no valor de R$ 5 milhões. Não seria suficiente, mas ajudaria muito.

Manutenção do espaço
Nós vamos fazer um regime de condomínio. Em um primeiro momento, a prefeitura vai organizar tudo, Mas, com esse trabalho que o Sebrae está fazendo nós queremos que eles atuem como um condomínio e que esse condomínio faça a manutenção primária. Se o condomínio assume a manutenção, a prefeitura deixa de cobrar a taxa e passa para o condomínio administrar. Se a gente vir que não é possível, vamos continuar a cobrar a taxa a fazendo a conservação do lugar.

Natal no Calçadão
Transitam pelo Calçadão entre 20 a 30 mil pessoas. É o local onde há maior concentração diária de pessoas no Acre. São pessoas que usam o Terminal Urbano e a OCA. São potenciais clientes. Esse ano nós vamos fazer o Natal no Calçadão. Vamos fazer a iluminação natalina lá. Nós vamos ter uma tenda com Papai Noel, sistema de som, iluminação de todo Calçadão desde a Marechal Teodoro à Benjamin Constant, com segurança 24 horas no mês de dezembro. Queremos que as famílias possam estar no Calçadão no período natalino. Nós estamos batalhando para conseguir mais recursos para investir no Calçadão [emendas do deputado Sibá Machado (PT), Henrique Afonso (PV) e senadores Jorge Viana e Aníbal]. Haverá construção de banheiros, piso novo e iluminação. O que eu sonho é que todo aquele espaço funcione como um shopping ao ar livre. É o que eu sonho.

Zona Azul
Essa ação da prefeitura saiu do debate, mas nós estamos licitando de novo. A licitação que havia estava com problemas. A decisão minha foi cancelar a licitação iniciada pelo prefeito Angelim e iniciar uma nova. A Zona Azul é um serviço: nas áreas comerciais da cidade, teremos uma empresa que faça a administração desses espaços para que se tenha uma rotatividade maior nessas áreas. Algumas pessoas dizem que estamos privatizando espaços públicos. A pessoa que quiser estacionar o dia todo em uma vaga ela vai ter que pagar por isso. Quem for lá parar por trinta minutos vai pagar muito menos. A zona azul vai garantir que haverá uma rotatividade muito maior daquelas vagas, que é o que os comerciantes do Centro tanto esperam. Aquela pessoa que hoje fica com o dia todo como carro estacionado no centro, essa pessoa não vai gostar da Zona Azul. Nosso centro não tem mais condição de ter vaga cativa.

(FOTO: KEYLA GAMA/ A GAZETA)

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EMPREENDEDORES: Uma meta por vez

ITAAN ARRUDA

A foto ao lado é fruto de uma conquista. Há aproximadamente dois anos, Eliete Silva Queiroga alcançou uma das metas estabelecidas pela indústria de cosméticos Natura. Recebeu como premiação uma viagem com o marido a Paris.

A facilidade na comunicação, associada à disciplina, faz dessa acreana de 36 anos uma das ranqueadas nas listas seletas das maiores empresas de venda direta do país. Além da já citada Natura, ela tem no currículo Avon, Princess Florence, Mary Kay e a vedete do momento, a Hinode (pronuncia-se “Rinodê”).

Aliás, Eliete e o esposo acabam de chegar de um período em um resort na Bahia como premiação da Hinode e já estão com viagem marcada para março do ano que vem em um cruzeiro, promovido pela mesma empresa, também como resultado de vendas. Mas, as viagens e congressos comerciais de hoje são frutos de uma longa trajetória.

No início do trabalho, há 15 anos, a inexperiência foi difícil de superar. “Não havia nenhuma orientação específica por aqui, mas com o tempo eu fui me especializando”, lembra a vendedora. “E aí eu fui me apaixonando pela venda direta”.

Para ela, existe um ponto nevrálgico e que chega a desestimular o vendedor. “A única coisa que te desestimula na venda direta é vender e não receber”, relata a vendedora antes de contextualizar a dificuldade nas vendas durante o ano de 2013.

“De todos esses anos que eu tenho trabalhado com venda direta, esse foi o ano do maior índice de inadimplência”, confessa. “Eu nunca tinha vivido uma crise”. A declaração sincera logo é corrigida automaticamente, como quem pretende afastar raciocínios pouco otimistas. “Mas, vender eu vendo, porque meus produtos são bons. Tem dias que eu vendo pela semana inteira”.

No segmento cosmético/perfumaria/bem-estar é estratégico para o vendedor defender mais de uma bandeira empresarial. As clientes gostam de diferentes produtos, de diferentes marcas. Nenhuma marca tem excelência em todos os produtos. Daí, a necessidade de diversificar a representação comercial. “Eu não tenho como fidelizar um cliente com apenas uma marca”, explica.

Além disso, quando o desempenho de uma vendedora é acima da média, uma empresa comunica à outra. Ter uma revendedora com experiência, adimplente e com capacidade de garantir fluxo de consumo é estratégico para qualquer marca. “Eles convidam porque sabem que eu sou ranking nas outras empresas”, frisa.

“Não nasci para não ter liberdade”
Daqui a dez anos, a vendedora do Acre já estabeleceu uma nova meta. “Em 10 anos, eu quero estar aposentada pela Hinode que é a empresa que eu estou focada no momento”, afirma. De acordo com a revendedora, o diferencial da empresa que está no mercado desde o fim dos anos oitenta, é que os recursos que a Hinode não coloca em grandes mídias nacionais, ela canaliza para os revendedores.

É esse investimento na ponta final da venda direta, segundo Eliete, que faz com que a Hinode tenha mais condições de aumentar a lucratividade de cada revendedor. “A propaganda, ela paga para mim”, diz. O esposo de Eliete, com mais experiência no segmento de marketing, já alcançou, em cinco meses, o nível “diamante”, um seleto grupo de vendedores.

Ano passado, ela conta que ficou cansada do sistema de venda direta. Decidiu ser colaboradora do sistema de venda direta da O Boticário em Rio Branco. “A proposta foi muito boa e praticamente compensava o que eu vendia diretamente”, recorda. Mas, para quem aprendeu a construir a própria rotina, é difícil voltar a assinar ponto.

“É muito bom você fazer a sua própria linha de trabalho. Eu trabalho por metas”, diz a vendedora. “Eu não nasci para não ter liberdade”.

(Foto: Arquivo pessoal)

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Notas Econômicas

Não tem jeito
O governo brasileiro não tem jeito. Só vai entrar “de com força” para resolver o problema quando acontecer alguma tragédia ali em Brasileia. O remédio é rezar. E com fé.

Coerência
Ninguém está obrigando que se deixe o petróleo parado na beira do barranco. Mas, a coerência é sempre necessária. Ou se assume a postura de projetos focados em sustentabilidade… ou abraça-se com o petróleo querido.

650
Na quinta-feira, já eram 650 haitianos que estavam em Brasiléia. Aumentou o fluxo de empresários formalizando contratações. Há aproximadamente 10 dias, uma empresária foi até a cidade e levou 200 trabalhadores.

Novidade?
Qual foi mesmo a novidade que a senhora Magda Chambriard, da ANP, veio anunciar aqui no Acre? Essa situação envolvendo os estudos e extração de petróleo no Acre precisa ser melhor comunicada.

Natal no Calçadão I
O prefeito adiantou ao Acre Economia a intervenção que fará no centro da cidade. Com previsão de investimento da ordem de R$ 3 milhões, resultados de emendas parlamentares dos senadores petistas Jorge Viana e Aníbal Diniz e dos deputados federais, Henrique Afonso (PV) e Sibá Machado (PT), o prefeito vai emplacar o Natal no Calçadão.

Natal no Calçadão II
Trata-se de uma grande intervenção na área de comunicação visual natalina, segurança e infraestrutura. A ideia é fazer com que parte das 30 mil pessoas que transitam diariamente no local tenham acesso a um shopping ao ar livre.

Compromisso I
Prefeito Marcus Alexandre diz não estar nem aí para a “política”. Quando algum repórter enxerido lhe pergunta sobre projeções de cenários políticos que o coloque como provável candidato ao governo, a resposta vem acompanhada de um gesto.

Compromisso II
Ele procura o programa de governo e abarca. “O meu compromisso, o meu contrato com o povo é isso aqui”, e ergue a publicação. “Se eu, no fim do mandato, conseguir cumprir o que está aqui e o povo quiser continuidade de alguma forma…”. Não tá nem aí para política, é? Então, tá!

Princípio I
Marcus Alexandre está prefeito. Obviamente, não é hora de tratar de seu nome como futuro candidato a governo. Mas, internamente, lideranças da Frente Popular sabem do potencial do seu trabalho. E o que referência o trabalho do prefeito é um princípio relativamente simples: ouvir o que a população tem a dizer.

Princípio II
Ao saber que um determinado morador de uma comunidade está insatisfeito por algum motivo, Alexandre não se faz de rogado. Vai até o morador e ouve. Isso não é elogio da coluna. É uma constatação. Com essa postura, distensiona a relação com figuras importantes nos bairros. E vai construindo novas relações.

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Substitutivo Tributário diminui competitividade de micro e pequenas empresas, alegam comerciantes

*Na busca por aumentar eficácia na fiscalização e controle na cobrança do ICMS, governo acaba tratando empresas beneficiadas pelo Simples Nacional da mesma forma que as demais e isso estaria comprometendo a rentabilidade em um já combalido comércio varejista

ITAAN ARRUDA

A relação entre governo e empresários ganhou novo tom na última reunião que discutiu mudanças na arrecadação do ICMS. A cobrança antecipada do tributo continua trazendo tensão na tentativa de diálogo entre gestores públicos e iniciativa privada.

Nos bastidores, o clima é pouco amistoso. O motivo é simples: os empresários alegam que as vendas estão baixas comparadas aos anos anteriores. E vão além: o tratamento uniforme dado às empresas beneficiadas pelo Simples Nacional e às que possuem faturamento maior “está aniquilando com a já pequena margem de lucro”, conta um empresário local.

As empresas que se enquadram no Simples Nacional possuem regime diferenciado de arrecadação, fiscalização e cobrança do ICMS. Elas pagam ICMS variando entre 1,25% a 3,95% do tributo, dependendo do produto comercializado. As empresas que estão fora do Simples Nacional pagam, no Acre, ICMS que gira em torno de 17% (também dependendo do produto).

Na prática, isso retira as vantagens de a empresa estar inserida no Simples Nacional. Técnicos da Secretaria de Estado de Fazenda alegam que “não”. Usam argumentos complicados para defender a ideia de que a cobrança não é feita em cima do faturamento, mas “sobre a margem”.

Traduzindo: isso quer dizer que o governo presume o lucro do comerciante e cobra o tributo em cima da diferença entre o preço de custo do produto e o preço a ser praticado para o consumidor final (lucro presumido).

Para o empresário, a equação é outra: paga-se o imposto antes de saber se vai vender o produto. Com o comércio desaquecido, a substituição tributária antecipando o recolhimento do imposto expôs o real clima no setor.

Reunião de terça-feira foi tensa
Na terça-feira, houve reunião entre representantes da Federação do Comércio do Acre com o secretário de Fazenda, Mâncio Cordeiro. Houve momentos em que a diplomacia foi esquecida. Percebe-se a tensão até mesmo pelo tom da declaração do presidente da federação em release oficial, tradicionalmente, preocupados em preservar as relações institucionais. Dessa vez, até a assessoria resolveu mostrar um pouco do clima entre o empresariado.

“Estamos prejudicados em nossos negócios devido à alta carga tributária do país, e ainda assim não estamos repassando esses custos ao consumidor. Se assim o fizéssemos, não venderíamos nada. Acredito que nós empresários queremos manifestar nossa insatisfação com a proposta de mudança, para antecipação do recolhimento do imposto”, bronqueou o presidente da Fecomercio/AC, Leandro Domingos.

Há um evidente exagero na fala do presidente. Dizer que não há repasse dos custos dos tributos para o consumidor não é fato. É claro que há repasse. Pelo óbvio: comércio não é casa de caridade.

Caso o comerciante proceda dessa forma, não se sustenta no mercado. O que, talvez, o presidente tenha tentado comunicar é que a margem de lucro está comprometida, diminuída. Mas, daí a dizer que não existe repasse, a diferença é grande.

O fato é que a proposta de mudança na cobrança do ICMS direto no contribuinte substituto (indústrias e atacadistas) trouxe insatisfação aos empresários acreanos.

Ainda em declaração registrada pela assessoria da Fecomercio do Acre, o empresário Aldenor Araújo, um dos donos da rede de supermercados Araújo, atuante tanto no varejo quanto no setor atacadista, ponderou. “Fico preocupado com a possibilidade de pagar antes do produto circular, tendo em vista que não teremos arrecadado para poder arcar com os custos do governo”.

Secretário diz trabalhar para “facilitar atuação dos empresários”
De acordo com a Fecomercio, o secretário de Estado de Fazenda, Mâncio Cordeiro, optou por uma linha mais diplomática durante o debate sobre substituição tributária com os empresários.

“Nosso desejo é que as regras sejam mais claras e isso traga conforto e segurança para todos trabalharem, por isso daremos prazo para as empresas se organizarem”, assegurou. “Sei que é interesse de toda a categoria ajudar a construir um estado mais forte para as próximas gerações.”

Como a Substituição Tributária afeta a gestão das empresas?
Para entender a bronca dos empresários, é preciso resgatar historicamente a criação da substituição tributária e, superficialmente, mostrar como ela funciona.

1) No Brasil, a “substituição tributária” foi planejada entre os anos 70 e 80;

2) O fato de ter sido implementada antes da constituição de 88 possibilitou que sua aplicabilidade fosse questionada: alegava-se a inconstitucionalidade da medida;

3) Há muito menos fábricas e indústrias do que comércios varejistas. Por isso, para os governos, garantir a cobrança do ICMS na origem do produto é mais eficaz: melhora a fiscalização e diminui quase a zero a possibilidade de sonegação;

4) Historicamente, o governo já constatou que eram nos distribuidores e revendedores que estava o maior índice de sonegadores de ICMS quando não havia a “substituição tributária”;

5) Existe a possibilidade de estorno do dinheiro pago. Exemplo: o comerciante compra um produto de uma indústria em São Paulo e a carga é roubada ou há acidente com perda total. Como o produto já teve o ICMS cobrado, mas não teve possibilidade de ser vendido, nesse caso, o Governo devolve. Em tese.

6) A alíquota do ICMS depende do produto e do Estado que se comercializa. Só há possibilidade de cobrança do ICMS por meio da substituição tributária em estados signatários de convênios que regulamentem as relações comerciais, conforme prevê o Conselho Nacional de Política Fazendária.


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