Apesar das inúmeras reclamações dos clientes, a greve dos bancários completou 12 dias nesta segunda-feira, 30, fechando 37 unidades em todo o Estado. Em algumas unidades bancárias, o atendimento está sendo feito apenas para aposentados e pensionistas. Uma das principais reclamações é a falta de dinheiro nos caixas eletrônicos.
Em outras unidades, a gerência realiza os atendimentos, após a saída do sindicato da porta da agência. Os caixas eletrônicos hoje fazem depósito, saques, pagamento de faturas e outros serviços. Além disso, ainda tem os correspondentes bancários.
O certo é que o cliente, neste período de greve, tem que buscar canais alternativos para efetuar o pagamento de sua fatura. O Programa de Proteção ao Consumidor (Procon/AC) alerta que as empresas são obrigadas a fornecer novas formas de pagamento.
Caso o fornecedor não cumpra, deve partir do consumidor a iniciativa de solicitar outras maneiras de quitar o débito. O consumidor deve procurar o fornecedor e verificar qual a melhor maneira de continuar os pagamentos, evitando que seu nome vá para os serviços de proteção ao crédito (SPC e Serasa), além de evitar encargos à dívida.
A negociação com a Fenaban ocorre desde 5 de setembro. Os negociadores sabem que os bancários não aceitariam a proposta de 6,1% de rea-juste, sem qualquer aumento real para salários, piso, vales, auxílios, nem para a PLR. O número de unidades paradas chega há quase 11 mil no país.
O presidente do sindicato dos bancários no Acre, Edmar Batistela e o diretor Jorge Nicheli estiveram em Senador Guiomard para mobilizar os trabalhadores em greve. “A greve é dura. Mas os trabalhadores precisam se manter firme na luta, a fim de conquistar reposição salarial acima da inflação e melhores condições de trabalho dentro das unidades”, explica.
Por outro lado, os bancos reafirmam que não haverá reposição salarial aos bancários acima da inflação, apesar da alta lucratividade do setor. (Foto Odair Leal)