Ter um lar é um sonho de qualquer pessoa. Mais de que um sonho, também é um direito. E um direito que os índios acreanos, membros célebres dos chamados ‘povos da floresta’ também têm. Por isso, o Governo do Estado lançou, a nível local, em setembro, o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR). A meta é construir 2 mil casas indígenas no Estado, aprontando 480 delas ainda neste ano. E, no ritmo em que as obras estão caminhando, o objetivo será alcançado.
Há menos de 2 semanas, o governador Tião Viana conferiu as moradias da aldeia da zona rural de Feijó, às margens da BR-364. Lá, ele pode ver as primeiras delas já erguidas e os trabalhos das demais em pleno andamento. O esboço de uma pequena vila indígena como nenhuma tribo jamais viu no Estado. Uma iniciativa pioneira e que se tornará um modelo em toda a Amazônia.
De acordo com o governador, as casas foram planejadas juntamente com os povos indígenas, a fim de se respeitar todas as suas tradições e hábitos de moradia. Cada uma custará quase R$ 60 mil, um valor dividido em R$ 30,5 mil assegurados pelo Governo Federal (através dos repasses do PNHR) e mais R$ 29,1 mil de contrapartida do governo acreano. Ao todo, nesta 1ª etapa de casas do programa, o Governo do Estado irá desembolsar R$ 14 milhões com as 480 moradias.
Só que o mais interessante não são os custos da casa. E sim o quanto os indígenas beneficiados pelo programa ‘pagarão’ por elas. Apenas R$ 1.200,00, e que será financiado para o pagamento em 4 anos. Ou seja, as parcelas serão de R$ 300,00 por ano. Quase nada. E, no fim das contas, eles só vão ‘pagar’ em torno de 2% do valor dos imóveis.
“É um projeto verdadeiramente diferenciado. E sabemos que, quando for finalizado, vai mudar as políticas de habitação e de valorização dos nossos povos indígenas”, concluiu Tião Viana. (Foto: Gleilson Miranda/ Secom)