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Polícia Federal paralisa investigações de operações em andamento

 Pela quarta vez este ano, agentes, escrivães e papiloscopistas  da Polícia Federal paralisaram suas atividades nesta quinta-feira (31) no Acre. Apenas os serviços essenciais e de emergência, como plantões e ordens de emissão, estão sendo prestados à população. Eles aderiram ao movimento nacional e continuam lutando pela reestruturação da carreira. Uma greve geral não está descartada pela categoria.

 Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Acre (Sinpofac), Franklin Albuquerque, policiais federais de pelo menos 23 estados no país, além do Distrito Federal, não estão trabalhando. “Cerca de 60% deles hoje no Brasil estão parados. Claro, conservando os serviços essenciais e de emergência, porque a população ela não pode ser prejudicada. Mas as investigações de operações em andamento estão paralisadas”, garante.

 A pauta de reivindicação principal continua sendo a mesma e refere a atualização da portaria que rege a profissão, ainda de 1989, incluindo nela o reconhecimento do Policial Federal como um profissional de nível superior e redefinindo as atribuições da profissão.  “Há quase 4 anos nós lutamos com o Governo Federal pela reestruturação da carreira, coisa que ele vem se recusando a fazer”, afirma.

 Os Policiais Federais também manifestam apoio a Proposta de Emenda Constitucional (Pec) 51, a chamada “PEC da Paz”, que tramita no Senado Federal. “Essa proposta traz para o modelo de polícia brasileiro um modelo moderno, com sua eficácia comprovada nos principais países do mundo. Já que o Governo Federal, através do executivo, se recusa a nos apresentar um plano de cargos e carreira, nós vamos apoiar fortemente a PEC  51”, explica Albuquerque.

 Segundo os dados oficiais do Ministério do Planejamento confirmam que os agentes federais receberam na última década a metade dos reajustes concedidos às demais carreiras do Executivo. A queda na remuneração causou evasão recorde de servidores.

Fotos/Odair Leal

 

 

 

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