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Um ano antes das eleições, acreanos já têm diagnóstico de candidaturas


O prazo para aqueles que desejam concorrer a uma vaga nas eleições de 2014 terminou neste último sábado. A movimentação foi intensa desde o começo do ano. Vários parlamentares e militantes políticos trocaram de sigla na tentativa de facilitar a disputa eleitoral.

Em relação à disputa pela vaga majoritária de governador, o imbróglio ficou por conta do ninho tucano. O ex-prefeito de Acrelândia, Tião Bocalom, deixou o PSDB e se filiou ao DEM. O jovem João Marcos, que presidia o Democrata no Acre, foi destituído pelo senador Agripino Maia (DEM/RN), presidente nacional do partido. João Marcos buscou refúgio no PSDB e foi abraçado por Márcio Bittar. Ele é um dos fortes candidatos à Câmara Federal.

Bocalom disse acreditar na oposição e que ela não está desunida, como prega a Frente Popular. Ele ressalta que a oposição é democrática, ao contrário dos petistas. “Estamos aqui mostrando que a oposição é unida. Aqui temos democracia”, argumenta Bocalom, durante o ato de filiação do partido da deputada federal Antonia Lúcia (PSC/AC).

No início do mês, o prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales, surpreendeu a oposição e até líderes do seu partido, PMDB, lançando sua candidatura ao Governo do Estado. Sales afirma que é um ‘predestinado de Deus’. “Minha candidatura é uma predestinação de Deus. Não estou de brincadeira. Não existe candidatura de brincadeira”, afirma o prefeito sul-cruzeirense.

Com o reconhecimento, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do Partido Solida-riedade e do Partido Republicano da Ordem Social (PROS) muitos parlamentares, principalmente do Partido Ecológico Nacional (PEN) resolveram deixar a sigla. Mas apenas o deputado Walter Prado (PEN) se filiou de fato ao PROS. Junto com ele, a deputada Maria Antonia, ex-PP, também se filiou à nova sigla. Ela alegou descontentamento dentro do Partido Progressista, presidido no Acre pelo deputado federal Gladson Cameli (PP/AC).

“Fomos muito humilhados dentro do PP. A oposição certamente forçava o deputado Gladson Cameli a nos perseguir. Fomos eleitos dentro da composição da FPA. Isso é humilhante. Nossos votos eram casados com os votos do Gladson”, disse a parlamentar.

O caso mais irônico de todos é o da deputada Marileide Serafim e do deputado Chico Viga. Depois de muitas discussões deixaram o PSD, liderado pelo senador Sérgio Petecão. Mas, quando Petecão procurou o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para fazer a desfiliação dos mesmos, descobriu que a ficha de ambos sequer tinha sido apresentada ao tribunal. Sem impedimentos, Marileide Serafim se filiou ao Partido Social Liberal (PSL), coordenado no Acre pelo juiz aposentado Pedro Longo. O deputado Chico Viga se filiou ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Por outro lado, na situação as mudanças não foram sentidas com tanta evidência. Ao que parece, o governador Tião Viana (PT) concorrerá à reeleição. A dúvida que paira é em torno do nome da deputada federal, Perpétua Almeida (PCdoB) e do senador Aníbal Diniz (PT/AC) à vaga para o Senado Federal.

Categories: POLÍTICA
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