Em discurso nesta quarta-feira (9), o senador Jorge Viana (PT) comentou a aprovação, na terça-feira (8), do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 43/2013, que retorna o fuso horário do Acre e da parte ocidental do Amazonas para 2h a menos em relação ao horário de Brasília.
Segundo ele, a questão do fuso horário, que se arrasta desde 2008, foi politizada de maneira exagerada por alguns políticos acreanos. Para Jorge Viana, a qualidade de vida do povo do Acre, saúde, educação e geração de empregos são mais importantes que essa questão.
“O tema mais importante a ser tratado no Acre é a vida dos acrianos, para termos mais saúde, mais educação, mais empregos, como temos trabalhado para que isso aconteça. Essa questão do horário, que não é a coisa mais importante, ficou durante esses dois anos como se fosse a coisa mais importante do Acre”, afirmou, antes de acrescentar o desenvolvimento sustentável também como prioridade para a população do estado.
O fuso do Acre foi alterado em 2008, pela Lei 11.662, que reduziu de duas para uma hora a diferença em relação a Brasília, sob o argumento que a população local sofria prejuízos econômicos, sociais e culturais, principalmente na vigência do horário de verão, quando a diferença passava a ser de três horas.
Entretanto, em 2010, no segundo turno da eleição presidencial, foi realizado um referendo sobre o tema junto à população do Acre. Manifestaram-se a favor do retorno à hora antiga 39,2% dos eleitores, enquanto outros 29,7% votaram pela manutenção da diferença de apenas uma hora.
“O velho novo horário do Acre vai voltar”, disse.
Jorge Viana reconheceu ter sido um erro a mudança do horário em 2008 sem que a população fosse consultada.
“O governador Tião Viana, cheio de boas intenções, de maneira acertada, veio aqui, como senador, e apresentou a proposta de mudança do horário do Acre. Se alguém acha que é fácil para um estado, no horário de verão, ficar três horas de diferença para Brasília. Quando assumimos erros ou falhas não ficamos menores, ficamos maiores. Acho que houve uma falha nesse processo, apesar da legitimidade, da intenção de só ajudar do então senador Tião Viana”, disse.