O vice-presidente do Senado Federal, Jorge Viana (PT/AC) comentou durante seu pronunciamento entrevista concedida ao Valor Econômico. Os principais assuntos tratados foram a união da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB/PE) e governo Dilma.
Ele ressaltou que o fato é reflexo de uma oposição falida no país. O senador abordou que durante 13 anos os oposicionistas apenas criticaram as ações do PT e não procuraram formular um projeto para o Brasil.
“Nas vésperas das eleições de 2014, a oposição não tem um projeto, nem um programa e nem um candidato, porque passarão 13 anos colocando defeitos naquilo que o PT ia fazer”, argumentou o senador durante seu discurso.
Quanto à Marina Silva, ele afirmou que a história de Marina se confunde com a própria história do PT no Acre. Jorge Viana acrescentou que Marina resolveu o seu caminho, mas a ex-ministra ainda é um exemplo de pessoa pública. “A Marina é uma pessoa que eu sigo admirando”.
O senador enfatizou que não ver Eduardo Campos e Marina Silva como adversários, mas como outra via, pois ambos ajudaram a consolidar o projeto iniciado pelo presidente Lula.
“Eu vejo ambos como costelas de um mesmo projeto, que ajudaram o PT a construir desde o começo. Não digo o paraíso, estou aqui pensando em Adão e Eva… Esse projeto de um Brasil novo, melhor, Marina e Eduardo ajudaram a fazer e, legitimamente, querem ser uma alternativa. No fundo, entretanto, viemos do mesmo lugar”, pontua o senador petista.
Jorge Viana pontua que nas eleições de 2014, Marina e Eduardo Campos não farão uma campanha tentando desqualificar o trabalho desenvolvido pelos governos petistas, mas sim tratarão de dialogar com o eleitorado sobre seus projetos para o Brasil.
O senador explicou, ainda, que os encontros de Lula e Dilma não têm nada de anormal, o que acontece é que Lula é um político experiente e criador de um projeto de governo que vem sendo colocado em prática por Dilma Rousseff. Ele descartou interferências diretas do ex-presidente no governo Dilma.
“Lula é o mais experiente político em atividade no país, é o “cão de guarda” do nosso projeto. Dilma criou uma condição que nunca ninguém tinha visto, que é de estar no poder e estabelecer um canal de diálogo com quem criou esse projeto. Lula faz tudo isso sem interferir de maneira direta no governo. Essas críticas beiram o preconceito, acham que Lula tem de vestir o pijama”, enfoca o parlamentar.
O vice-presidente do Senado afirma que, em 2014, Lula poderá ser candidato a Presidência da República novamente, mas que o momento é de Dilma Rousseff. De acordo com ele, cabe ao PT e Dilma Rousseff decidir.
“O PT tem hoje as duas lideranças mais importantes do país, Dilma e Lula. Com isso, pode se dar ao luxo, inclusive, mas isso caberá à Dilma, de lá em 2014, dizer quem fará o jogo principal. Quem está no jogo, agora, é Dilma. Mas ela e o PT podem fazer outra combinação do jogo”, finaliza.