O vice-presidente da Assembleia Legislativa (Aleac), Moisés Diniz (PCdoB) criticou a política indigenista praticado no Estado. Ele disse não entender o porquê da extinção da Secretaria dos Povos Indígenas, pelo governador, a época, Binho Marques (PT) e a criação apenas de uma assessoria.
“O governador Binho acabou a Secretaria de Povos indígenas e criou uma assessoria. Será que a secretaria de esportes é mais importante que os povos indígenas?”, pontuou o parlamentar acreano.
Moisés salientou que em 8 anos dos governos do PMDB e 14 da Frente Popular, não se resolveu o problema dos ín-dios à margem do Rio Iaco, em Sena Madureira, que são expostos a prostituição e a bebidas alcoólicas. Diniz não se isentou da responsabilidade e disse que também é culpado nesse processo.
“Temos que discutir os problemas reais dos indígenas. Em 14 anos da FPA e 8 do PMDB não conseguimos acabar com os índios alcoolizados em Sena Madureira. O debate tem que ser do ponto de vista do é que melhor pra eles”, salientou.
O parlamentar também criticou a postura dos demais deputados que utilizaram a tribuna na última quinta-feira para discutirem a permanência de missionários evangélicos nas Aldeias.
“O debate religioso é secundário. A Assembleia Legislativa, não é a Assembleia de Deus, também não é a Igreja Católica. Aqui é uma casa para cuidar das coisas materiais do povo”, desabafou o deputado comunista.
O parlamentar finalizou pontuando a que a Aleac não tem uma Comissão Permanente para analisar a causa indígena. De acordo com ele, a Casa Legislativa deveria dar suporte e receber as demandas indígenas como em legislaturas passadas.