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Os ajustes da hora

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
06/11/2013 - 14:12
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No próximo domingo (10/11), depois de mais de 3 anos de atraso em razão de manobras regimentais no Congresso Nacional, finalmente teremos o retorno do antigo horário acreano. A Lei 12.876/2013 sancionada pela presidente Dilma Rousseff no dia 31 de outubro faz justiça e garante o cumprimento do resultado do referendo realizado em 2010, quando a maioria da população acreana rejeitou a mudança da hora estabelecida sem consulta popular em 2008.

Apesar do assunto ainda causar polêmica e dividir a opinião pública, todos, com certeza, concordam em um ponto: democracia é assim mesmo, a vontade da maioria deve sempre prevalecer.

Eu sempre fui favorável ao retorno ao antigo horário e estou muito feliz com a mudança que se avizinha. Entretanto, vejo que a lei sancionada pela presidente Dilma contém uma anormalidade que ‘passou em branco’ durante sua tramitação no Congresso: o prazo para a entrada em vigor da mesma é muito curto, de apenas 10 dias. Diante disso, se providências céleres não forem tomadas para ajustar o horário de funcionamento das repartições públicas, escolas e comércio, a população, mais uma vez, será vítima da mudança do horário como aconteceu em 2008. Nessa situação, agir para que a transição para o novo horário seja a menos traumática possível é obrigação de nossos administradores públicos.

Por ocasião da mudança do horário em 2008 a lei garantiu um prazo de adaptação de 60 dias. Nesse período o Governo do Estado promoveu uma ampla campanha midiática de esclarecimento nos diferentes meios de comunicação. A mudança foi transformada em fato político pelos governantes e excessos foram cometidos tendo como desculpa a campanha de esclarecimento. Quem não lembra os outdoors espalhados pela cidade afirmando que a mudança do horário era um dos ‘ideais da revolução acreana’? E da abominável ‘festa da hora’ realizada com recursos públicos para ‘celebrar’ o novo horário?

Bem ou mal, a campanha de esclarecimento foi importante para que a população se preparasse para a mudança. Agora, sem tempo hábil para isso, turbulências serão inevitáveis nas primeiras semanas.

Mas mesmo em 2008, com ampla divulgação na imprensa e um período maior de adaptação, a rejeição ao novo horário foi muito elevada. A maioria das críticas decorreu da lentidão na adequação do horário de expediente nas repartições públicas, escolas e comércio. Não se sabem as razões, mas os governantes de então, que tinham grande interesse na mudança do horário, relegaram os ajustes necessários para minimizar o impacto na população.

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O resultado é que a adequação levou quase cinco anos e grande parte da população se ‘acostumou’ forçadamente ao novo horário. A prova é que hoje parte dos que reclamam da volta ao antigo horário inclui muitos que eram contra o horário atual no referendo de 2010. Independente dos atuais governantes não serem simpáticos à mudança do horário, eles tem o dever de deixar de lado suas preferências pessoais e trabalhar em favor da população, evitando os transtornos observados em 2008.

E nesse primeiro momento a principal decisão a ser tomada é quanto ao horário de funcionamento das escolas e das repartições públicas. Tanto o Governo do Estado como as prefeituras devem promover a volta dos horários de funcionamento praticados antes da mudança horária de 2008. Era um horário extremamente conveniente para alunos e professores, especialmente aqueles que ministravam aulas em escolas diferentes porque o intervalo entre os turnos matutino e vespertino era de aproximadamente duas horas. Além disso, o final da aula ocorria sempre por volta das 17 horas.

É preciso ser célere nesta mudança porque a manutenção do atual horário de funcionamento de repartições públicas e escolas após a mudança do dia 10 é uma aposta no caos e na confusão. Já foi dito e está espalhado na web que não fazer esses ajustes é uma forma de fomentar na população rejeição ao retorno do horário antigo. Adotar essa atitude contribuirá para fortalecer a impressão de que a classe política vive para tirar proveito de tudo que possa lhe trazer ganhos eleitoreiros, mesmo que isso afete negativamente a população.

De minha parte tenho a firme convicção que os maiores prejudicados, e os que protestarão de forma mais veemente para deixar clara sua insatisfação com a mudança do horário acreano, são a minoria privilegiada que tem aproveitado o final de tarde iluminado nos dias úteis para a prática de lazer em parques públicos. Os maiores beneficiados são a maioria dos trabalhadores mais humildes, que não terão muito do que reclamar da mudança e, portanto, não precisarão congestionar as redes sociais com protestos e críticas.

Afirmo isso porque ao sair do trabalho no final da tarde, passo ao lado do Parque Tucumã e vejo que o mesmo está sempre lotado por um grupo de usuários claramente privilegiados, em sua maioria possuidora de veículos que congestionam o estacionamento da rua de acesso ao Parque. Não tenho nada contra o lazer dessas pessoas, mas como não sou cego também vejo, ao chegar à via principal que margeia o mesmo Parque, dezenas de trabalhadores em bicicletas e motocicletas se dirigindo às suas residências, congestionando a referida via. É possível observar também muitos ônibus lotados de trabalhadores que em razão da precariedade do sistema público de transporte de nossa cidade, não terão a oportunidade de desfrutar da luz do dia para a prática de atividades de lazer depois que chegarem às suas casas.

Foi essa maioria silenciosa e sofredora de trabalhadores que votou pelo retorno ao antigo horário acreano e é ela que espera que os administradores públicos atuem de forma célere para minimizar os impactos da mudança que ocorrerá no dia 10. Aos que tem a responsabilidade de fazer os ajustes da hora, nunca é demais lembrar que 2014 é ano de eleição e eventuais transtornos decorrentes de um retorno caótico e confuso ao antigo horário ainda estarão frescos na memória dessas pessoas.

* Evandro Ferreira é engenheiro agrônomo e pesquisador do Inpa/Parque Zoobotânico da Ufac.

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