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Um negócio da China

A prospecção de oportunidades de novos  investimentos,  de abertura de novos mercados é comum e faz parte do globalizado mundo dos negócios.

A visita da delegação chinesa ao Acre, liderada pelo Embaixador  daquele país no Brasil e do presidente do Banco da China, no Brasil, acompanhados de empresários e assessores, foi marcada por  uma extensa e produtiva agenda de visitas a empreendimentos locais, encontros e debates com equipe do Governo.

A China atualmente já é o maior parceiro comercial do Brasil. No entanto, essa relação tende a se ampliar e fortalecer ainda mais, em regiões e estados ainda não inseridos nesse comércio. Por isso é crescente a demanda por parte de empresários chineses em busca de novos negócios no Brasil e, a partir dessa visita o Acre passa a ser também um nicho de mercado a ser apreciado.

As  discussões ocorridas nos três dias de intensas reuniões, tornaram evidente o interesse  por produtos na área de alimentos (carne bovina, peixes, suínos, açaí) e na área madeireira.

Chamou a atenção dos visitantes o nível de organização do Estado, no que diz respeito  às ferramentas de planejamento, como ZEEAS,  os mecanismos inovadores  que normatizam parcerias público-privado-comunitário,  a seriedade dos interlocutores nas tratativas de que participaram, a existência da ZPE, etc.

Para o presidente do Banco Chinês, no Brasil, o Acre desponta como um dos estados brasileiros mais inovadores e preparados para crescer, visto o trabalho já realizado de construção de instrumentos de planejamento a médio e longo prazo, que define claramente as oportunidade de negócios  e de opção por um modelo de desenvolvimento que valoriza suas riquezas naturais.

Outro aspecto relevante citado,  foi de ser o Acre o Estado brasileiro mais próximo do Pacífico, onde hoje se concentram  as maiores oportunidade de negócios do mundo.

Participei  da reunião final, onde foi feita uma avaliação da visita e suprimidas  as dúvidas levantadas. Neste  encontro foram estabelecidos prazos para troca de informações  complementares a extensa pauta objeto dos encontros de trabalho.

Fui testemunho da seriedade e das possibilidades que se abrem para novos e promissores investimentos.  Uma caminhada se faz com os primeiros passos. Assim também é na economia.

Lamentável  é  o ceticismo e críticas de alguns integrantes da oposição com a vinda da Missão Chinesa. Eles que cobram o desenvolvimento do Acre, mas nunca apresentam propostas objetivas, certamente se incomodam com os avanços e busca de saídas econômicas que o Governo do Estado trabalha diuturnamente. Acreditar no Acre e em nossas potencialidades,  e,  principalmente na capacidade empreendedora  de nossa gente é imperativo para o Acre se desenvolver. Desdenhar e apostar no pior é  um desserviço ao nosso Estado.

* Raimundo Angelim é economista, professor universitário, ex-prefeito de Rio Branco.

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