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Taxista é executado a tiros após sair de casa para fazer uma “corrida” de Porto Acre para Rio Branco

 A morte do taxista Wanderley Cardoso de Almeida, 34 anos ainda é um mistério para a polícia, amigos e familiares.

 O taxista foi encontrado morto na noite desta quarta-feira (14) com pelo menos dois tiros na cabeça a margem da Rodovia AC 10, conhecida estrada de Porto Acre.

Suspeito contratou corrida de taxista

 De acordo com informações de familiares da vítima, que morava no município de Porto Acre, no final da tarde de terça-feira (12) o taxista teria recebido uma ligação no celular de um homem identificado pelo nome de Ariel, um presidiário em condicional por crimes de roubos, furtos, lesões corporais, tráfico de drogas e tentativas de homicídios, que teria contratado o taxista para fazer uma corrida até o bairro calafate, onde Ariel e outros dois homens o aguardavam para retornar ao município de Porto Acre e que para isso o taxista receberia o valor da corrida de ida e volta.

Viagem para a morte

 Após a ligação, Wanderley Cardoso teria falado para a mulher dele que estaria indo fazer uma corrida para Rio Branco e que retornaria antes das 22 horas.

 As horas passaram e o taxista não retornou para casa, a partir das 23 horas ainda de terça-feira (12) a mulher e parentes do taxista começaram a ligar para o celular dele e do suposto cliente Ariel, mas os dois aparelhos somente apresentavam sinal de que estaria desligado ou fora da área de serviço.

 Nas primeiras horas da manhã os parentes de Wanderley Cardoso foram à delegacia de polícia civil daquela cidade onde registraram Boletim de Ocorrência do desaparecimento do taxista.

Polícia não age família e amigos encontram corpo

 De acordo com informações de familiares do taxista, após registrar a ocorrência eles ficaram aguardando que a polícia civil iniciasse as investigações e buscas pela região, mas como não ocorreu nenhuma movimentação da polícia civil no sentido de realizar buscas, taxistas de Rio Branco e Porto Acre juntamente com familiares e amigos iniciaram buscas pelas Vilas do “V”, Incra, bairro Calafate em  Rio Branco e nenhuma pista.

 No final da tarde desta quarta-feira (13) uma ligação para o celular de um taxista informava que o veículo de Wanderley teria sido encontrado abandonado na altura do km 70 da BR 317 sentido Rio Branco/Boca do Acre no Amazonas.

 Em seguida descobriu-se que o veículo teria sido usado em um assalto a uma Fazenda onde os criminosos teriam roubado R$ 20 mil e depois saíram em fuga.
Quando as equipes de buscas já se dirigiam para a BR 317, próximo a Vila de Caquetá, um taxista recebe uma ligação de uma mulher informando ter ouvido tiros na noite de terça-feira (12) próximo ao quilometro 48 da estrada de Porto Acre.

Nesse momento as equipes se dividem e junto com uma guarnição da polícia militar da Vila do Incra  passaram a procurar as margens da estrada quando encontraram o corpo do taxista executado a tiros.

Familiares de suspeito também registram ocorrência de sumiço

 Na manha desta quarta-feira (13) a mãe do suspeito Ariel registrou um Boletim de Ocorrência informando o desaparecimento do filho deste a noite de terça-feira (12) quando ela aguardava a sua chegada de Rio Branco.

 Agora a polícia tenta desvendar o mistério da morte do taxista e o desaparecimento do principal suspeito.

 Outro mistério é descobrir se o taxista chegou a ir buscar Ariel e dois amigos no Calafate, ou se foi assassinado a caminho do destino inicial da corrida.

 Outra duvida é porque Wanderley Cardoso,que tinha conhecimento do grau de criminalidade de Ariel aceitou a corrida para busca-lo em Rio Branco e retornar para Porto Acre, se seria evidente que se Ariel e os amigos contratassem uma corrida de Rio Branco para Porto Acre sairia 50 por cento mais em conta, já que pagariam somente a ida.



 

 

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