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Bebê indígena que tinha necrose em mão deixa UTI sem risco

O bebê indígena da etnia Kaxinawá, que está internado no Hospital da Criança, em Rio Branco, não corre mais risco de perder a mão. A criança quase teve o membro amputado após uma aplicação de soro no Hospital do município de Santa Rosa do Purus, no interior do Estado. Os pais do bebê culparam a unidade de saúde de ter aplicado o soro de forma errada.

De acordo com a gerente do Hospital da Criança, Lorena Rojas Seguel, o bebê ainda deve ficar internado por mais algum tempo, mas já não corre mais riscos.

“O bebê já saiu da UTI e está na enfermaria. O quadro dele é estável, e não corre mais risco de perder a mão. A pele necrosada já saiu e está em fase de cicatrização. As pontas dos dedos e as unhas caíram, como era esperado. No mais, ele está bem e em boa recuperação”, conta.

Os pais do bebê, que são indígenas e falam português com dificuldade, não quiseram conceder entrevista.

O Caso – No último dia 29 de setembro o pai da criança, que possui oito meses, chegou ao Hospital de Santa Rosa do Purus, em busca de atendimento para o filho que apresentava um quadro de febre, tosse e diarréia. Na unidade, ele foi diagnosticado com pneumonia.

Durante o atendimento, o bebê começou a sofrer com a necrose de uma das mãos. O que de acordo com a família, começou a acontecer após a aplicação de soro na veia dele.

A chefe da enfermagem do hospital de Santa Rosa do Purus, Francisca Sousa da Silva, negou que tenha ocorrido negligência no atendimento. “Estamos sendo acusados desse fato, só que o atendimento que foi realizado não condiz com o que está sendo dito, não houve administração de soro errado. A criança foi recebida, foi atendida e foi transferida, mas durante o período que esteve em nossa unidade não foi aplicado soro errado”, disse.

Após a transferência do bebê para Rio Branco, o secretário Adjunto de Estado de Atenção à Saúde, José Amsterdam Sandres, disse em nota que a Secretaria Estadual de Saúde iria apurar ‘as responsabilidades sobre possíveis erros de profissionais da Saúde estadual’. (Rayssa Natani e Yuri Marcel, Do G1/AC)


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