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Justiça acreana manda prender 11 policiais militares por tortura e ocultação de cadáver

Em face de uma minuciosa investigação da Polícia Civil, através da Delegacia Itinerante, policiais do Batalhão de Operações Especiais da PM do Acre (O Bope) prenderam na manhã desta sexta-feira, 29, onze policiais militares do 2º BPM/AC, suspeitos de envolvimento no desaparecimento do auxiliar de pedreiro Gildemar da Silva Lima, 25 anos, ocorrido no dia 9 de julho deste ano. As investigações estavam sendo feitas em caráter sigiloso, decorrente da complexidade dos fatos, que culminou na ‘Operação Gênio’, deflagrada nesta manhã.

Em coletiva no auditório da Secretaria de Estado da Polícia Civil nesta sexta-feira, a cúpula da Segurança contou detalhes da investigação que levou à prisão dos militares.

De acordo com o secretário de Polícia Civil, Emylson Farias, após o desaparecimento de Gildemar, foram instaurados dois inquéritos policiais, um relacionado ao homicídio e ocultação de cadáver, e, outro relacionado à tortura, coação no curso das investigações e outros crimes. “Nos próximos 10 dias devemos concluir o inquérito. Em quase quatro meses de investigação, tivemos 9 meios de provas: testemunhais, técnicas, periciais, além de várias contradições nos interrogatórios. São provas robustas”, destaca.

O comandante da Polícia Militar do Acre, coronel Anastácio, garantiu que não compactua com quaisquer desvio de conduta de policiais de qualquer graduação. “Todos serão punidos administrativamente e na esfera criminal. Então, quem efetivamente for considerado culpado, certamente será excluído do Estado efetivo da corporação. Nós vamos, também, contribuir naquilo que for necessário para efetividade da justiça”, salientou o comandante.

Quanto à troca de comando do Batalhão onde os policiais presos eram lotados, se deu por necessidade e o comandante Kinpara não sabia que seus policiais estavam sendo investigados. Anastácio, explicou ainda, que a PM do Acre vai continuar firme junto à sociedade para assegurar o posto de ser a Polícia Militar mais honesta do país, e, mostrar ao povo que se trata de um fato isolado.

“A determinação do governador Tião Viana é para que todas as providências cabíveis sejam adotadas, o que está sendo feito com total isenção, tanto pelo lado da PM, quanto pela Polícia Civil, aquém cabe, pelo que preconiza a legislação vigente, mostrar a verdade real do ocorrido. Esse governo não pactua com atos de desvio de conduta de seus servidores, por isso, investe no fortalecimento das instituições”, destacou Ildo Reni Graebner, secretário de Segurança Pública.

INVESTIGAÇÃO
“Gildemar foi executado e o cadáver ocultado, possivelmente, no ramal do Pica-Pau. O crime teria sido motivado por vingança, uma vez que os policiais envolvidos já haviam o prendido em outras duas ocasiões (um pelo crime de assalto a uma loja no Segundo Distrito e outra pelo roubo de uma moto), mas como não houve flagrante, acabou liberado”, frisou o delegado Roberth Alencar.

Em uma dessas prisões, segundo a autoridade poli-cial, o comparsa de Gildemar teria ameaçado os policiais. No dia 24 de maio, ele e a companheira foram torturados e ameaçados para que entregassem o paradeiro de Gildemar. Aqui, veremos os métodos básicos. Como se cadastrar com um único clique? Basta clicar no botão amarelo de inscrição e selecionar um registro de um clique e seguir os passos e se você tiver um código promocional, você pode inseri-lo na caixa e em todos os métodos de registro, você deve ler os termos e condições do Betwinner e então concordar para eles, se decidir e depois se registrar. Registro por telefone nesse registro após carregar o site novamente vá até o botão de registro e insira seu número de telefone e moeda preferida, você pode inserir o código promocional também, se tiver um e seguir o registro da con Por meio de monitoramento eletrônico e quebra de dados telefônicos, a polícia chegou à tortura praticada no dia 24 de maio e ao nome de 10 policiais.

“Os três primeiros policiais tinham problema de justiça em relação ao Gildemar”, aponta a investigação.

Ainda, segundo Roberth, mesmo após a tortura do comparsa, os policiais não tinham a localização exata de Gildemar. Para chegar até ele, os investigados usaram de abuso de autoridade. “Muitos foram abordados dentro de casa ou em via pública, ameaçados com armas na cabeça. Foi apurado na investigação que após esses crimes prévios de ameaça e lesão corporal, Gildemar foi raptado e levado para um local que não temos a exatidão”, diz.

José Natalino Vieira de Souza, Girley Lemes da Costa, Bruno Fabrício Rodrigues, Francisco James do Nascimento, Iracelio  Melo da Silva, Jorge Miranda Rodrigues de Souza, Francisco Illimane Rodrigues dos Santos, Diego Soares do Nascimento, Antônio Marcelo da Silva Mendes e Telmar Ferreira Cunha foram presos temporariamente e encaminhados à Unidade de Regime Fechado 3, “Papudinha”. Já o tenente Jersey James Costa da Silva, foi preso de forma preventiva. (Pedro Paulo / Ascom Polícia Civil)

Advogados entram com mandado de segurança para terem acesso ao inquérito

DA REDAÇÃO

O escritório dos advogados dos policiais militares suspeitos no caso emitiu uma nota esclarecendo certos pontos da operação. Eles alegaram que as prisões foram indevidas e que a investigação errou ao expor os nomes dos policiais suspeitos.

Os advogados também reclamaram de não terem acesso ao inquérito do caso, até às 17h do final da tarde de ontem. Por isso, decidiram entrar com mandado de segurança no final da tarde para poderem acessá-lo. Segue a nota abaixo:


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