Com 10 anos no mercado, a Capitalcredi apresenta a segunda fase de atuação no segmento cooperativas de crédito. Amanhã pela manhã, com participação prevista do governador do Acre, Tião Viana, a diretoria reinaugura a sede, completamente reestruturada.
O espaço funciona na Avenida Ceará, em frente a Pemaza Pneus, ao lado da antiga sede do Sebrae (atualmente em obras). “Nosso DNA é de servir ao cooperado”, explica o presidente da cooperativa Ernandes Negreiros.
Atualmente, a Capitalcredi possui 550 cooperados. Desses, cerca de 350 mantêm movimentação rotineira na instituição. Em uma década, o grupo inicial de 21 cooperados reuniu R$ 105 mil e começou uma trajetória de muito retorno.
“Em cooperativa, não existe o conceito de lucro”, ensina o diretor administrativo Antônio José Vaglieri. “O que existe são ‘sobras’ e essas sobras são divididas entre os cooperados, de acordo com o investimento de cada um”.
Os balanços anuais da cooperativa, apresentados em assembleia aos cooperados, não deixam dúvidas: há “sobras” anuais. “Nosso segmento começou do zero, mas todos os anos nós temos registrados sobras. Graças a Deus”, alegra-se o presidente Negreiros.
Ano passado, com 550 cooperados, o capita social saltou para R$ 3,78 milhões e “sobra” de mais de R$ 1 milhão. No primeiro ano de contabilidade (2003), a “sobra” foi de R$ 8,6 mil.
O diretor financeiro da instituição Telpo Cargnin, adverte, no entanto que as cooperativas de crédito não podem ter posturas paternalistas. “Nós não estamos aqui para ‘emprestar dinheiro fácil’ ou ‘apresentar facilidades’”, diz. “Somos uma instituição financeira que precisa crescer com solidez, mas com o diferencial de que, aqui, o que importa é a qualidade do crédito do cooperado”.
A disseminação de uma “cultura para o cooperativismo” fundamentado na qualidade do crédito é uma das preocupações do grupo. Na edição de domingo do ACRE ECONOMIA, o suplemento apresenta os detalhes do trabalho da cooperativa. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)
