A se realizar um levantamento dessas mais de 200 famílias que estão sendo abrigadas no Parque de Exposição, vai-se chegar à conclusão que cem por cento delas são atingidas todos os anos pela cheia do Rio Acre ou de seus afluentes.
Basta observar que muitas delas já foram desalojadas duas vezes só este ano. Ou seja, tiveram que sair de suas casas há poucos dias quando o rio atingiu a cota de alagação e mal retornaram, quando houve a vazante, foram obrigadas novamente a procurar abrigo com nova subida das águas.
Isso só vem a demonstrar e reforçar a necessidade de os poderes públicos tomarem medidas corajosas para acabar com esse círculo vicioso que se repete, praticamente, todos os anos no período das chuvas, trazendo sofrimento para essas famílias e gastos do dinheiro público.
E esta medida também se sabe qual é: a desativação dessas áreas ou bairros reconhecidamente impróprios, alagadiços. Em seguida, desapropriar essas áreas, cercá-las para impedir que sejam reocupadas e transformá-las em parques ou mesmo lagos, contribuindo para a recuperação do próprio rio.
Não há outra saída, a não ser que se queira perpetuar uma situação que se tornou insustentável, até mesmo desumana.