O levantamento anual, realizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) contabilizou mais de 312 homicídios de gays, travestis e lésbicas no Brasil em 2013. Ou seja, uma morte a cada 28 horas. O número, apesar de ruim, representa uma queda de 7,7% em relação ao ano anterior. O estudo aponta que o Acre não registrou crime contra homossexuais nos últimos 3 anos.
A maior parte das mortes (43%) aconteceu no Nordeste, onde vivem menos de 30% da população nacional, e é chamado pela ONG de “região mais homofóbica do Brasil”. O estado que registrou mais assassinatos é Pernambuco, com 34 mortes. Considerando o tamanho da população, Roraima aparece como o estado mais perigoso para os homossexuais, com 6,15 mortes para um milhão de habitantes.
Entre as capitais, Manaus lidera na violência, com 12 casos. Segundo o estudo, o Brasil segue como campeão mundial em homicídios de homossexuais: de cada cinco gays ou transgêneros assassinados no mundo, quatro são brasileiros. E os dados reunidos neste começo de ano apontam tendência de piora no quadro: em janeiro, 42 homossexuais foram assassinados, ou seja, um a cada 18h.
O levantamento levou em consideração notícias divulgadas na imprensa e dados enviados por organizações não-governamentais. Segundo a GGB, todos os crimes considerados tiveram como pano de fundo a homofobia. Dez suicídios foram contabilizados por terem ocorrido, também de acordo com a ONG, pelo fato dos envolvidos não terem aguentado a pressão social.