A dona de casa Maria Antônia Rodrigues da Conceição, 33 anos, foi assassinada com sete facadas na noite de domingo (23), na Rua da Laranja, bairro Mocinha Magalhães. Os golpes teriam sido desferidos pelo dependente químico Eduardo Oliveira Nascimento Filho, 22 anos, o ‘Pabinha’, que é sobrinho do marido da vítima.
De acordo com informações, a mulher estava em casa sozinha. O marido e a filha de 11 anos estavam na igreja localizada na mesma rua. Pabinha passou pela igreja e viu o tio e a prima entrando, mas percebeu que a mulher do tio não estava presente. O acusado foi à casa do tio e encontrou Maria Antônia se preparando para dormir. Ele teria exigido dinheiro, mas a mulher afirmou que não tinha. O acusado, que supostamente estava há 3 dias fora de casa consumindo drogas, começou a discutir com a tia. Ele alegou saber que ela teria recebido um determinado valor de uma indenização.
Maria Antônia continuou afirmando que não tinha dinheiro em casa. Completamente transtornado, Eduardo ‘Pabinha’ teria passado a agredir a tia e se apossado de uma faca. O agressor deu sete facadas na mulher, que morreu antes da chegada do socorro médico.
Após a morte da tia, Eduardo teria se apossado de um aparelho DVD e pretendia trocá-lo por drogas em uma ‘boca de fumo’ no bairro. Mas quando saía da casa, foi visto pela sua prima, filha de Maria Antônia, que teria passado mal na igreja e voltou mais cedo pra casa. A adolescente se deparou com a mãe caída na porta do quarto e a casa toda revirada. Desesperada, a menina saiu de casa gritando por socorro e um vizinho, também adolescente, ouviu os gritos correu em direção à residência. Ele avistou Eduardo Pabinha correndo com o DVD na mão e, em seguida, entrou na casa e viu a cena de sangue espalhado e a vizinha morta.
O Samu e Polícia Militar foram acionados. Uma guarnição do Grupamento Tático do 4º Batalhão chegou ao endereço e constatou que a vítima já estava morta. Mesmo assim, aguardou a chegada do Samu. O médico da ambulância confirmou a morte de Maria Antônia.
Acusado se entrega a vigias de canteiro de obras do governo
Enquanto as equipes da PM e do Samu ainda estavam no local do crime, o acusado foi a um canteiro de obras do Estado e deu de cara com dois vigilantes. Pabinha contou a eles que teria assassinado uma mulher e pediu que os vigias ligassem para o 190 informando que ele ficaria aguardando no canteiro de obras.
Uma equipe do 4º Batalhão foi ao local e prendeu Eduardo Nascimento. Ele confessou o crime aos militares e disse estar muito arrependido.
Preso, o acusado foi encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher. Em depoimento ao delegado plantonista, ele manteve a confissão, mas alegou que não pretendia matar a tia e que só a matou porque ela teria reagido quando ele pegou o aparelho de DVD.
“Ela pegou uma garrafa e feriu minha mão. Aí peguei uma faca e desferi vários golpes nela. Eu não queria o dinheiro todo da indenização. Apenas uma parte para comprar mais droga, mas ela reagiu” afirmou o acusado. Eduardo ‘Pabinha’ foi indiciado por crime de roubo que resultou em morte (latrocínio). Mesmo se entregando à polícia, ele não terá benefícios por se tratar de um crime hediondo.