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“Nós vamos vender o peixe para a presidenta Dilma”, diz Tchê

 Sempre firme em suas análises, o deputado José Luís Tchê (PDT) sugeriu que a presidenta Dilma Rousseff compre toda a produção de peixes produzida no Acre e destine a merenda escolar. O deputado sugeriu que uma Comissão de parlamentares acompanhe o governador Tião Viana (PT) para pressionar a presidenta a cooperar com o Acre na compra do pescado.
“Assim como Lula fez na compra da produção para a merenda escolar, ela poderia fazer o mesmo. É uma boa sugestão. Se vamos a Minas, porque não ir a Brasília. O governador Tião Viana (PT) tem uma relação muito boa em Brasília, então que ela compre o nosso peixe”.

 O pedetista ironizou dizendo que votará em Dilma Rousseff se ela comprar o pescado acreano, caso contrário não terá seu apoio. “Como vou votar em uma presidente que não compra o nosso peixe?”, questionou.

 Tchê continuou afirmando que não entende o porquê de Dilma Rousseff anistiar a conta externa de outros países, como da África e não perdoar as dívidas de estados pobres como o Acre. Ele destacou que no Acre a circulação de recursos é baseada na folha de pagamento, ou seja, não tem “dinheiro novo no Acre. São frutos de ICMS, FPE, IPI e outros impostos”, disse o parlamentar.

“Ela perdoou 2 bilhões de dólares de países africanos. Isso significa o valor da dívida que o Acre tem  com a União. Cada brasileiro pagou por essa anistia R$ 9,00 e não conseguimos anistiar a dívida do nosso Estado”. E questionou: “Por que ela é tão generosa com os africanos e não conosco?”.

 José Luís Tchê reconheceu o esforço do governador Tião Viana em manter a folha de pagamento e os compromissos do Estado, em dias, mas alertou para uma “possível falência estatal”.
“O governador Tião Viana tem conseguido manter a máquina do Estado. Não sei até quando. Daqui uns dias o presidente é quem vai nomear o governador porque ninguém vai querer ser candidato neste Estado”.

 Já o deputado Moisés Diniz (PC do B) ironizou a fala do colega pedetista e disse que se o Estado está assim e se tem mais de 4 pré-candidatos ao cargo, imagine se as condições fossem favoráveis. Disse, também, que quanto ao perdão de dívidas a países africanos, ele explicou que trata-se de acordos e que o Brasil também ganhou com esses acordos e não houve perdas como as citadas por Tchê.

“Não vou perder tempo com um tema desses. É só olhar as revistas especializadas em economia. O Brasil ganhou com esses acordos”, reiterou o deputado comunista.


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