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Jorge Viana questiona estudos para construção da BR-364, interditada pela cheia do Madeira

O senador Jorge Viana usou a tribuna do Senado na tarde desta segunda-feira, 24, para apresentar dois requerimentos. No primeiro, ele pede informações do ministro de Minas e Energia sobre se há, ou não, qualquer influência das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio sobre o agravamento da cheia do Rio Madeira que atingiu a histórica cota de 18,45 metros e cobriu a BR-364 com uma lâmina d’água de 80 centímetros acima da rodovia. O segundo requerimento requer informações ao ministro dos Transportes sobre os estudos realizados para construção da BR-364 e a necessidade de obra de ajuste para elevação do nível da rodovia.

Segundo Jorge, a intenção ao apresentar o requerimento ao ministro dos Transportes é pedir uma explicação sobre os estudos feitos para construção da BR-364. “Como uma estrada não estabeleceu uma previsão da cheia do Rio Madeira? Alguém deve ter errado nessa conta, ou, então, estamos diante daquilo que se chama mudança climática, de fato. As hipóteses todas devem ser levantadas”, argumentou.

O vice-presidente do Senado disse que o povo do Acre não pode ficar refém das cheias. “É preciso fazer os aterros e as mudanças necessárias na BR-364 para que ela resista às cheias do Rio Madeira. Isso a engenharia pode resolver se for acompanhada da boa política”, disse Jorge.

Jorge Viana recebeu vários questionamentos pelas redes sociais de internautas que queriam saber se as usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio tiveram, ou não, alguma influência sobre o agravamento da cheia do Rio Madeira. “Eu posso dizer que já me informei sobre isso e tenho minha opinião, que, a princípio, é de que não são responsáveis. Os técnicos me informaram. Procurei ligar, procurei a boa informação, mas acho que a minha obrigação como senador da República, como membro do Congresso Nacional, como representante da Amazônia nesta casa é pedir, em nome do cidadão que tem dúvida, uma explicação e uma posição oficial do Estado brasileiro, do governo brasileiro”, disse.

O senador destacou ainda, da tribuna, o trabalho que vem sendo realizado pelo governador do Acre, Tião Viana, no sentido de garantir o abastecimento emergencial de Rio Branco, tanto em alimentos perecíveis como em combustíveis. Ele lembrou que manteve reuniões, na manhã desta segunda-feira, no Itamaraty com o vice-ministro de Relações Exteriores da Bolívia, com o Ministro interino de Relações Exteriores do Brasil uma vez que a situação do lado boliviano também é grave. Ele agradeceu ainda o apoio do Governo Federal e da presidenta Dilma aos acreanos.

“Estou aqui de plantão em Brasília, vigilante, para ajudar no que for possível. O abastecimento de gênero alimentício perecíveis ao Acre já está sendo feita através de aviões da FAB. E eu queria agradecer ao comandante da FAB, Brigadeiro Saito, ao ministro da Defesa, Celso Amorim, ao Exército Brasileiro, à presidenta Dilma, a todos pela ajuda e atenção que estão dando ao governador Tião Viana no sentido de garantir o abastecimento do Estado do Acre”, declarou. (Assessoria)

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