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No Dia Mundial da Consciência da Epilepsia neurocirurgião alerta para sintomas do mal

O Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia foi ontem, 26, mas a atenção para diagnosticar e tratar a doença deve existir sempre. Para um tratamento precoce, o neurocirurgião especialista no assunto, Luiz Daniel Cetl, dá algumas dicas e explicações sobre a epilepsia.

A maioria das pessoas pode afirmar conhecer os sintomas de um ‘ataque epilético’, como quando alguém perde a consciência e cai no chão, apresentando contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar. Os sintomas da doença podem ser variados, dependendo da localização do grupo de neurônios, como flashes e luzes à movimentação espontânea e incontrolável de mãos, braços e pernas.

No entanto, o problema pode apresentar vários outros sinais, como ‘desligamentos’, quando o paciente não mostra olhar fixo e perde o contato por alguns segundos com o meio que o cerca. Ao ocorrerem esses movimentos involuntários, a pessoa pode ficar mastigando, falar de modo incompreensível ou andar sem direção definida. Em geral, o paciente não se recorda do que aconteceu.

A doença é uma síndrome caracterizada por um conjunto de sintomas originados de um grupo de neurônios ‘disfuncionantes’, que emitem sinais atípicos ou irregulares, explica Luiz Daniel.
“As crises da doença podem ser divididas, em parciais, que atingem apenas uma parte do cérebro, ou generalizadas, que afetam todo o órgão”, aponta.

No Brasil, a taxa de epilepsia é de aproximadamente 1,8%, sendo mais comum na infância. Vale ressaltar que essa não é uma doença contagiosa.

As crises podem ser simples, sem o comprometimento da consciência, e complexas, em que há algum grau de comprometimento da consciência, como seu enfraquecimento, ou até mesmo a sua perda.

A epilepsia pode ser tratada com medicamentos, por meio do uso das chamadas drogas antiepilépticas (DAE), eficazes em cerca de 70% dos casos (há controle das crises) e com efeitos colaterais diminutos. Quando não há controle destes sintomas, outros tratamentos possíveis são a cirurgia, a estimulação do nervo vago e dieta cetogênica. Só que apenas um profissional, analisando o caso, poderá indicar o tratamento apropriado para o paciente. “Com acompanhamento médico e, consequentemente, com o devido tratamento, pacientes com epilepsia levam uma vida normal. Muitos alcançam destaque profissionalmente”, afirma o neurocirurgião. (Com informações Dr. Luiz Cetl)

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