Subiu para quase 20 mil o número de pessoas afetadas em Rondônia pela cheia histórica do Rio Madeira, principalmente em Porto Velho e em 15 distritos – região com 1.900 famílias desalojadas e 1.362 desabrigadas, segundo a Defesa Civil Estadual. Guajará-Mirim e Nova Mamoré também foram muito prejudicadas.
Desde sábado (22), o Rio Madeira em Porto Velho subiu dez centímetros e atingiu hoje (24) a marca de 19,52 metros, de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA). O recorde histórico havia sido registrado em 1997, quando subiu 17,52 metros acima do nível normal.
“Voltou a chover desde sábado na cabeceira do Rio Mamoré, na fronteira entre Brasil e Bolívia. Por isso, o rio [Madeira] voltou a subir tão rápido. Esperamos que até o fim do mês [o nível do rio] se estabilize”, disse o coordenador de comunicação da Defesa Civil estadual, tenente-coronel bombeiro Demargli da Costa Farias.
O tráfego na BR-364, no quilômetro 232, na altura da cidade de Cacoal, em Rondônia, está em meia pista e apenas veículos pequenos são autorizados a passar. Ontem (23), o asfalto cedeu nas duas pistas e uma cratera se abriu na estrada.
Entre os quilômetros 862 e 868 da BR-364, desde sexta-feira (21), o tráfego continua interrompido. Por causa das chuvas que caem na região, o volume de água sobre a pista atingiu 1,40 metro de altura, comprometendo a segurança dos motoristas que trafegam no local.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, para amenizar os transtornos dos moradores que necessitam da rodovia para abastecimento, serão construídos ancoradouros alternativos para travessia dos veículos com o auxílio de balsas.
A expectativa é que as balsas comecem a operar em quatro dias e atendam prioritariamente ao transporte de gêneros de primeira necessidade (alimentos, medicamentos e combustível), com destino às comunidades da região oeste de Rondônia e também ao Acre.