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Petrobras continua o transbordo de combustível em Porto Acre

Com o início do mês de abril, também voltou à normalidade o atendimento nos postos de combustíveis. Isso, porque o governo continua o esforço para manter o abastecimento do Estado. De acordo com o gerente da Petrobras no Acre, Paulo Oliveira, metade da gasolina transportada em uma das balsas já foi retirada, e na manhã desta quarta-feira, 2, deu-se início ao transbordo de óleo diesel S 500 para transportá-lo à Capital. Além disso, outra balsa já saiu do Amazonas em direção ao Acre.

“A equipe começou às seis da manhã, e a estimativa é de que seja retirado pelo menos um milhão de litros do diesel até o fim do dia. Já a gasolina ainda tem um volume grande em estoque na base”, afirmou.

No mês passado, 1,3 milhão de litros de combustível entraram no estado por meio de caminhões, antes da BR-364 ser interditada devido à cheia do Rio Madeira, em Rondônia. Além disso, mais 3 milhões vieram de Cruzeiro do Sul.

Carretas com capacidade de até 20 mil litros estão sendo importado do Peru. Nos últimos dias chegaram sete caminhões e outros setes devem chegar a qualquer momento.

Outras duas carretas com 7 mil litros de diesel S-10, mil de diesel comum e 23 mil de gasolina estão vindo pela BR-364.

Rio Madeira apresenta sinal de vazante – Próximo a completar três meses de cheia, o Rio Madeira apresenta sinal de vazante, marcando 19,63 metros na medição das 18h de ontem. O primeiro sinal de vazante foi identificado no último domingo, 30 de março. Após isso, as águas voltaram a subir, mas já perdendo um pouco da força. No entanto, de acordo com o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), as águas deverão manter-se em elevação e poderão alcançar o nível de 19,80 m. O motivo é a continuação das chuvas nas cabeceiras do Madeira.

O rio atingiu 25,44 metros na noite de terça-feira, 1º, no município de Humaitá, Sul do Amazonas, dois metros acima do nível registrado na cheia histórica de 1997. A cidade já está isolada desde fevereiro e pode ser considerado um dos lugares mais afetados pela enchente. (Com informações Agência Acre/ Foto: Val Fernandes/ Secom)

Acre recebe mais de mil toneladas de remédios
Com a cheia do Rio Madeira, que dura pouco mais de um mês, o Governo do Estado, em parceria com o Governo Federal, já transportou, por aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e aeronaves particulares, mais de mil toneladas de alimentos e medicamentos.

São feitos cerca de dez voos diários para garantir o abastecimento no Acre – desses, quatro só com medicamentos. Desde o dia 24 de fevereiro, já foram trazidos de Rondônia ao Acre cem toneladas de medicamentos e mil toneladas de alimentos.

De acordo com a equipe de coordenação da Sala de Situação, que está localizada na sede do Corpo de Bombeiros, em Rio Branco, já foram utilizados mais de sete tipos de aeronaves para garantir o transporte dessas mercadorias. (Marcelo Torres / Agência Acre)

Entrada de caminhões no Acre é retomada

Com a leve baixa do nível do Rio Madeira, em Rondônia, o fluxo de caminhões na BR-364 volta à normalidade timidamente. No dia 31 de março, 47 caminhões com mais de 57 mil quilos de frango, laticínios, compostos e embutidos chegaram ao Acre.

Já no dia seguinte, 54 veículos entraram no Estado trazendo 85 mil quilos de alimentos, frios, materiais de limpeza e de primeira necessidade, insumos, além de 65 mil litros de gasolina para a capital acreana. Nesta quarta, 2, até o momento foi registrada a entrada de 33 veículos.

Todos os materiais são levados para os supermercados e comércios da Capital, abastecendo os estabelecimentos e evitando a falta de itens para a população. A retomada no tráfego de veículos na BR-364 é feita de maneira lenta, os automóveis estão sendo puxados por tratores com uma balsa de pequeno porte e levam, apenas, um caminhão por vez. (Luan Cesar  / Agência Acre/ Foto: Sergio Vale/ Secom)

Voos são cancelados devido a buracos na pista do aeroporto de Rio Branco

BRENNA AMÂNCIO

Um trecho de aproximadamente 1.158 metros da pista do Aeroporto Plácido de Castro, em Rio Branco, foi interditado na tarde de ontem, 2, por volta das 14h, devido à existência de buracos naquele local. Um voo de Cruzeiro do Sul e outro que sairia da capital acreana com destino à Fortaleza, no Ceará, e outras conexões, foram cancelados. O pouso e decolagem de aeronaves de grande porte ficaram interrompidos até às 17h30 (horário do Acre), para reparos.

De acordo com o ator e diretor de teatro, Almício Fernandes, 37, passageiro da Gol, a informação passada por um dos funcionários da empresa foi de que um avião de carga vindo do Rio de Janeiro teria pousado na pista causando danos no trecho que já apresentava falhas. “Ele ainda me disse que esta é uma das piores pistas de aeroportos do Brasil. O problema daqui é a falta de manutenção. Comparo esse trecho com o asfalto da cidade, devido à necessidade de reparos constantes. Eu preciso voltar para Porto Velho, onde moro e trabalho”, reclama.

Aproximadamente 108 passageiros que fariam o voo vespertino da Gol para Fortaleza e com conexões em vários outros lugares, tiveram que remarcar a viagem. Na tarde de ontem, os clientes se aglomeravam no aeroporto em busca de alguma informação. Com a saída das 15h30 cancelada, um novo voo da empresa só foi realizado por volta da meia-noite de hoje, 3.

O sociólogo José Antônio Cordevio, 47, aguardava mais instruções junto à esposa e ao filho. Eles estavam saindo de férias para Cuba. “Tudo estava devidamente planejado. Devíamos sair de Rio Branco nesta tarde, descer em Manaus, seguir por outra empresa para o Panamá e depois para Cuba. Mas pelo que estou vendo perderei os prazos. Um atraso é até normal, mas perder um voo internacional não. É um prejuízo que me deixa angustiado”, declara.

De acordo com a assessora de imprensa da Infraero, Cristiane Estolano, a pista do aeroporto é de aproximadamente 2.158 metros, desses, 1.158 m foram interditados para manutenção. “O BEC (Batalhão de Engenharia de Construção) realizou todos os esforços e reparos necessários para que todas as operações voltassem ao normal”, afirma. (Foto: Brenna Amâncio/ A GAZETA)

Fecomercio/AC segue acompanhando ações para evitar o desabastecimento na Capital e interior
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomercio/AC), através do presidente Leandro Domingos e diretoria, têm acompanhado de perto todas as ações do Governo Federal e estadual com o objetivo de evitar o desabastecimento do Acre, com a enchente do Rio Madeira que alagou trechos da BR-364 via que liga o Acre ao restante do país.

Em apenas dez dias, Leandro Domingos, já fez duas viagens acompanhando o governador Tião Viana, Senadores Jorge Viana e Aníbal Diniz e a deputada federal Perpétua Almeida, para avaliar a situação e pedir agilidade nas providências e assim poder orientar os empresários da situação.

De acordo com Domingos, os prejuízos são significativos, mas, com apoio do governo e dos parlamentares, será possível amenizar a situação enfrentada pelos comerciantes. “O governo fez o esforço de deixar para depois a cobrança do ICMS, mas acreditamos que ainda não é o suficiente. Precisamos sentar com os bancos para conseguir atenuar a situação dos nossos empresários. Além disso, nós temos realizado,  constantemente, uma análise para detectar os produtos em falta para, depois, fazer a reposição”, sugeriu. (Ascom Fecomercio/AC)

Ambiente hostil exige planejamento constante, segundo a Defesa Civil  

RESLEY SAAB

A equipe de bombeiros acreana, que está a serviço da Defesa Civil por ordens do Governo do Acre, trabalha há pelo menos 40 dias no auxílio a construção de pontos de travessia, no suporte à alimentação dos motoristas, na demarcação de trilhas submersas e no reboque de carretas.

Repórter fotográfico de A GAZETA, Odair Leal, esteve mais uma vez ontem, percorrendo a região inundada pelas águas dos rios de Rondônia, desde a ponta do Abunã até o distrito de Velha Mutum.

Ali, se percebe a saga dos profissionais acreanos, que se revezam a cada dez dias, para ajudar centenas de caminhoneiros que resistem às intempéries e tentam chegar a Rio Branco de balsa.

Segundo explica o tenente-coronel Carlos Batista, do coordenador da equipe dos Bombeiros do Acre na área, o ambiente hostil exige um planejamento que é refeito constantemente, por causa das mudanças repentinas do curso da água.

“Temos que ter uma proficiência contínua nas operações. Nossa rotina aqui começa 5 horas da manhã e só para às 7h30 da noite, com um intervalo de no máximo 30 minutos para o almoço”, explica Batista.

“A satisfação”, ele diz, “é a de ver que as pequenas coisas aqui fazem diferença na logística lá no Acre”, completa o militar.  O momento é favorável porque o Madeira começou a baixar.

Imigrantes serão enviados para outros estados diariamente 
Diariamente, estão sendo encaminhados 132 haitianos para outros estados – operação realizada pelas secretarias de estado de Defesa Social (SEDS) e  Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). Os imigrantes seguem nos voos da Força Aérea Brasileira (FAB), que chegam à capital acreana com suprimentos e retornam a Rondônia. A ação segue até sexta-feira, 4.

A interdição da BR-364, em razão da enchente do Rio Madeira, fez com que o número de haitianos em Brasiléia aumentasse, uma vez que estão retidos devido a impossibilidade de tráfego terrestre para outras regiões do país.

O secretário de direitos humanos, Nílson Mourão, afirma: “Nós queremos reduzir a população de imigrantes e deixar em um número que dê para ser administrado. Atualmente, enfrentamos dificuldades com alimentação e superpopulação no abrigo. A meta é encaminhar, no mínimo, 1500 haitianos, e a partir daí, reavaliar o quadro”.

A diretora de Políticas de Assistência Social da Seds, Claudia Di Paoli, explica a logística: “Nesse momento, a Seds, junto a Sejudh, está com equipe no abrigo, que realiza triagem diária de documentos para a viagem. Os haitianos vêm de ônibus para o aeroporto e um outro grupo de trabalho checa para o embarque. Em Porto Velho, funcionários da Seds  os aloca em um ônibus fretado, que tem como destino final São Paulo”. (Miriane Teles / Agência Acre)

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