JOSÉ PINHEIRO
O reajuste nos preços dos combustíveis em Cruzeiro do Sul mais uma vez foi parte da pauta discutida pelos deputados estaduais na manhã de ontem, 22. O deputado Walter Prado (Pros) denunciou a formação de um cartel entre os empresários do ramo de postos de combustíveis. Ele chegou a pedir uma investigação por parte da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF).
“O cartel em Cruzeiro do Sul é um crime que a polícia desmancha. Lá se vende a gasolina mais cara do mundo. Não tem justificativa em aumentarem em R$ 0,12. Cruzeiro do Sul é navegável o ano todo. É uma ‘organização’ que combina e dita os preços”, disse o deputado.
Já o deputado Moisés Diniz (PCdoB), que recentemente organizou a realização de uma audiência pública em Cruzeiro do Sul para discutir o assunto, disse que o combustível deve ser compreendido atualmente como um produto consumido não só pela classe alta, mas que se tornou um produto de massa.
“Gasolina não é um produto consumido apenas pela elite, mas pelo povo acreano. Esse tema dos combustíveis deve ser debatido pelo povo acreano”.
O parlamentar comunista destacou que o senador Jorge Viana (PT/AC) está construindo em Brasília uma agenda para que os parlamentares do Acre sejam recebidos pela Agencia Nacional do Petróleo (ANP), pela BR Distribuidora e pela própria Petrobras.
Moisés Diniz explicou, ainda, que os empresários de Cruzeiro alegam que a Petrobras aumentou em 10 centavos a cobrança aos empresários. Por tal motivo, houve o aumento de 12 centavos sobre o combustível consumido no Juruá.
O deputado comunista não poupou críticas ao Governo Federal. Disse que a presidenta Dilma Rousseff (PT) trata o Acre como ‘um filho enjeitado’.
(Foto: Cedida)