Com direito a apitos, cartazes e carro do som, os técnicos administrativos da Universidade Federal do Acre (Ufac) realizaram uma passeata no Centro de Rio Branco na manhã desta quarta-feira, 23. Em greve há mais de 30 dias, a categoria reclama do pouco caso com que o Governo Federal trata as reivindicações.
Entre outras bandeiras de luta estão à isonomia salarial, racionalização de cargos, mais 10% do PIB para a educação, reposição dos aposentados e aumento de salários. Além do adiantamento dos 10% do acordo firmado durante a greve em 2012 e maior flexibilidade na jornada de trabalho.
A próxima ação programada pelo comando de greve será uma grande marcha de todos os servidores, de todas as universidades que estão em greve até Brasília (DF), no dia 6 de maio. O motivo é pressionar o governo para a reabertura das discussões com a categoria.
A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) estima que a categoria concentre 180 mil trabalhadores em todo o país. Segundo Charles Brasil, diretor da entidade no Acre, a categoria aguarda uma reabertura das discussões junto ao Governo Federal.
“O Governo Federal entregou uma proposta para a categoria e foi rejeitada por achar insuficiente. E está neste impasse. O governo não marcou mais nenhuma reunião desde então”, explica.
Com a paralisação do setor, o presidente do Sintest/AC (sindicato da categoria no Acre), Robson Nascimento, afirma que 70% das atividades da Ufac estão comprometidas.
Fotos/Odair Leal