Desde o início da crise, a quinta balsa chega, com 450 toneladas de gás de cozinha da Fogás, e está no porto da Cadeia Velha, em Rio Branco, vinda de Coari (AM). O carregamento chegou na tarde da segunda-feira, 14. Provavelmente, esta é a última balsa com o produto a vir para o estado.
A quantidade transportada equivale a 30 mil botijas de treze quilos. Segundo Reginaldo Tavares, gerente geral no Acre, a remoção para a base da empresa, na capital, é feita em caminhões e todo o procedimento de transferência deve se estender, pelo menos, até quinta-feira, 17.
Paulo Felipe Trindade, técnico de segurança da empresa, informa que o estreitamento das margens e surgimento de áreas mais rasas, após a vazante do Rio Acre, começaram a limitar a navegação.
Mesmo com restrições, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) autorizou o tráfego de veículos, caminhões e carretas, pela BR-364. A prioridade é dada ao transporte de itens de primeira necessidade.
Em vista da decisão do departamento, as próximas cargas de gás virão pela estrada.
Nos dias de crise – Chafic Ossame Lima Neto, dono de distribuidora de gás de cozinha, localizada no Parque da Maternidade, teve dificuldades, durante 50 dias, para atender a demanda, em virtude de novos pedidos.
“Além daqueles que já ligavam para o nosso disque entrega, passamos a vender também para clientes de bairros mais distantes como Vila Ivonete, Via Verde, Nova Esperança, Placas, Tropical”, conta.
Um dos primeiros reflexos que a corrida pelo abastecimento ocasionou foi sobre os preços. Chafic afirma que, em época normal, a entrega da botija de 13 quilos era feita por R$ 50. Nos dias de crise, teve que subir para R$ 55. “Só senti segurança de voltar ao preço de antes há uma semana”, revela. (Agência Acre)