Ao menos 80, das 190 detentas da ala feminina do Presídio Estadual Francisco d’Oliveira Conde, em Rio Branco, se recusaram a voltar para as celas, após o banho de sol, nesta quinta-feira (8) e passaram a reivindicar a presença da juíza da Vara de Execuções Penais, Luana Campos. A situação ocorre menos de um mês após um motim, ocorrido no pavilhão J da Unidade Regime Fechado, envolvendo 200 presos e que terminou com dois feridos.
De acordo com Denis Picolo, um dos diretores do complexo prisional, a situação começou por volta das 10h, mas até o momento, está sendo conduzida de maneira pacífica. “Elas estão no banho de sol e se recusam a voltar para as celas. Elas estão pedindo a presença da juíza Luana Campos e da promotora criminal, Laura Cristina Miranda Braz. Querem que os processos sejam reavaliados”, diz.
Segundo informações preliminares do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), a juíza Luana Campos já foi informada da situação e teria dito que só iria atender as detentas quando elas retornarem às celas. Após negociação com a direção da unidade prisional, os homens da Polícia Militar (PM) e os agentes penitenciários receberam ordem para conduzí-las de volta às celas.
Motim e interdição – No último dia 26, aproximadamente 200 presos iniciaram um motim após a tentativa de fuga de nove detentos. Dois foram baleados nas pernas e encaminhados para o Pronto Socorro de Rio Branco. O G1 entrou em contato, por telefone, com a diretora da ala feminina do presídio, Idma Biggi, mas não obteve êxito.