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Pegaram pesado

Existe um limite entre as brincadeiras que são engraçadas, de fato, e aquelas que são mais pesadas. E definitivamente estas pichações no muro da casa do ativista dos direitos dos homossexuais acreanos, Germano Marino, passaram e muito destes limiares.
O povo acreano gosta de fazer sátiras infames, dotadas de um senso de humor negro, ácido e destrutivo. Mas neste caso a piadinha não foi feita em uma roda de amigos, numa vã tentativa de mostrar quem é o mais ‘legal’ do grupo. O mais ‘doidão da baladeira’. E o bom senso nestas horas de ‘prafrentice’ vai para o espaço.

A ousada palhaçada foi exposta de forma pública, aos olhos de toda a sociedade. Uma pichação ridícula de quem não tem nada melhor pra fazer. E que, no fim das contas, só serviu para mostrar ao mundo que, sim, no Acre há pessoas intolerantes, preconceituosas e homofóbicas.

O caso deve ser levado a sério. Não tratado como uma piada (até porque não vi ninguém rindo).  Mas sim como um crime, um dano aos nossos bons valores e uma ameaça. Sim, uma ameaça, pois quem tem a audácia de pichar mensagens tão extremistas como ‘vamos matar os gays’ e ‘Deus abomina os gays’ certamente pode fazer coisa pior. Cabeça ruim pra isso tem!

A Gazeta do Acre: