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“Papo de índio!”

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
02/08/2014 - 16:29
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A situação do índio em terras brasileiras, desde  1500, é a mais injusta possível. Já  no primeiro século da descoberta do Brasil, a função básica da indiada cativa (Darcy Ribeiro) foi a de mão-de-obra na produção de subsistência. Para isso eram caçados nos matos e engajados na condição de escravos. Índios legalmente livres, mas apropriados pelos seus senhores através de toda sorte de vivência, licenças e subterfúgios. Fato só sobrepujado, a partir do século XVII, com o advento da escravidão negra.

Desta época até os dias atuais, pouco ou quase nada mudou quando o assunto é pensar nossos índios. A maioria da gente urbana, mesmo os metidos a pensantes, nada sabe dessa  gente chamada nação indígena do Brasil. É irrelevante, para muitos, a reflexão sobre o extermínio de índios. Não sabemos nada, do descobrimento até hoje, por exemplo, das chacinas, da escravatura e das doenças endê-micas que acometem e matam milhares de índios.  Os nossos políticos, não queimam as pestanas na criação de projetos, em busca de uma política governamental que consiga efetivamente proteger os índios contra os interesses dos não índios. Não há, da parte de quem de direito, envidados esforços no sentido de que sejam preservadas as culturas, as tradições e a maneira de viver dos índios.

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Assim sendo, diante dessa realidade secular de descaso como quase tudo no Brasil, à luz da minha estultícia, é razoável que deixemos esses “isolados” no lugar em que estão, pois segundo a foto que foi publicada em rede social, eles estão bem saudáveis. Apresentam aparência física de quem se alimenta bem. Então, sem essa de que é preciso fazer “algo mais” para proteger “os isolados”.

Façam isso não, meus irmãos brancos. Deixem como está. Eles conseguiram sobreviver, até aqui, sem a nossa proteção. Não precisam  das nossas vacinas, muito menos da nossa tecnologia de ponta. Estão bem, desfrutam de uma boa carne de caça (tatus, pacas, antas, macacos e porcos do mato), pescam em rios sem poluição e, uma ou outra vez, extraem peles de onças pintadas e tiram o couro de cobras sucuris. Nas horas vagas amestram papagaios  e patativas. Vá lá não, meu irmão branco. Mesmo porque pode, a qualquer hora, baixar nesses “isolados” o espírito maligno, dos índios Moicanos do século XVIII, que viviam em Ohio, quando a América ainda era colônia dos ingleses, que adoravam, numa atitude selvagem, escalpelar gente estranha que se atrevia a andar nas adjacências da tribo.

Por outro lado, peço a algum membro dessa tribo de “isolados” que porventura esteja camuflado entre nós os civilizados, torcendo pelo Corinthians, que não esconda dos seus manos, a realidade nua e crua, porque passam outras tribos, em processo de aculturação, na convivência com os homens letrados e suas leis. Fale que, aqui entre nós, a começar pelos nossos glossários, o índio não é gente. Os dicionários os chamam de “gentios” e traçam um perfil de alguém não civilizado; bárbaro, estrangeiro e outros adjetivos exóticos. Articule que aqui fora é tudo muito apressado, razão pela qual o índio é taxado, além de debiloide,  de indolente (preguiçoso).

Pondere, também, sobre os graves conflitos, alguns recentes, entre os índios e a sociedade sapiente. Da relação com “garimpeiros e mateiros.” Convivência  que vai do plantio de maconha à exploração sexual de meninas e meninos índios, passando obviamente pela extração indevida de minérios e outras irregularidades. Diga, sem tergiversar,  do caos social em que, nós os brancos, estamos metidos. Que o pau  por aqui, está cantando. Que a roubalheira é geral. Fale das bocadas, do crack e da tal pasta-base de cocaína. Diga da expansão fenomenal da violência urbana. A cada minuto alguém é executado nas pequenas e grandes cidades do país.

Vejo a política de prevenção e respeito às culturas da nação indígena, colocada em prática no Brasil, notadamente a aculturação completa um desastre total, pois representa o suicídio ou o assassinato cultural de um povo. O ideal, que não é real, seria o intercambio cultural e econômico com bases absolutamente justas, como pensam alguns antropólogos históricos da estirpe de Darcy Ribeiro.

Ademais: indígena é aquele que se reconhece e é reconhecido como indígena  pela comunidade da qual faz parte.

*Pesquisador  Bibliográfico em Humanidades.
E-mail: [email protected]

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