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Cientistas famosos no Vale do Juruá

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
30/09/2014 - 15:25
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Em um artigo publicado em  2005 o Dr. Alceu Ranzi, paleontólogo que já percorreu todos os recantos do Acre, comentou sobre a visita que George Gaylord Simpson fez ao Acre em 1956. Você não sabe quem foi G. G. Simpson? Foi um dos 100 maio-res cientistas da história e seu nome está no mesmo panteão onde constam os de 99 outros gênios, entre os quais Isaac Newton, Albert Einstein, Louis Pasteur e Charles Darwin.

Simpson, nascido em 1902 e falecido em 1984, foi um paleontólogo de vertebrados e evolucionista que rodou o mundo escavando o solo em busca de restos de animais pré-históricos. Foi curador de vertebrados fósseis do Museu Americano de História Natural em Nova York e Professor na Harvard University.

Sua maior contribuição para a ciência, “Neodarwinismo” ou “síntese moderna” da evolução, foi elaborada conjuntamente com TheodosiusDobzhansky e Ernst Mayr e uniu a paleontologia à genética para explicar a evolução dos seres vivos na terra.

E o que um cientista de tanto renome veio fazer no Acre na década de 50? Veio ver os fósseis acreanos in loco. Ele participou, durante o verão amazônico de 1956, de uma expedição liderada pelo paleontólogo brasileiro Llewellyn IvorPrice, do Deparatemento Nacional de Produção Mineral (DNPM) que percorreu o Rio Juruá, desde Cruzeiro do Sul até a Foz do Breu. Nos registros históricos esta expedição é conhecida como ‘Expedição Price& Simpson’. Durante mais de 60 dias os integrantes daexpedição exploraram as barrancas dos rios Juruá, Breu, Amônea e Juruá-mirim. Foi o seringalista Quirino Nobre, patriarca de uma geração de políticos do Juruá, que deu apoio ao grupo com pessoal e batelões.

No final da expedição G. G. Simpson foi atingido por um tronco de árvore e quebrou a perna, fraturando a tíbia e a fíbula. Em razão da distância, o socorro adequado ao cientista demorou uma semana. Ele foi retirado de Cruzeiro em um voo especial da FAB a pedido do governo americano.

As coletas fósseis feitas durante a expedição foram divididas entre o DNPM e o Museu Americano de História Natural. Segundo o professor Alceu, “a caderneta de campo, da viagem de Simpson ao Juruá, com anotações em letras miúdas e detalhadas, é um documento precioso para a história da ciência do Brasil e do Acre em particular”.

Outro famoso pesquisador que percorreu o vale do Juruá foi o geólogo letão Victor Oppenheim, nascido em 1906 e falecido em 2005. Ele veio em 1929 para a América do Sul como consultor da firma Francesa LudovickBarreau e durante os vinte anos seguintes explorou e mapeou geologicamente o continente, geralmente como consultor dos países que ele explorava e mapeava. Suas longas viagens pelo Brasil, Bolívia, Equador, Colômbia e leste do Peru resultaram nos primeiros mapas geológicos de cada um destes países.

Foi ele que primeiro completou um mapa geológico generalizado da América do Sul, que foi publicado pelo Pan American Instituteof Mining, Engineering, andGeology em 1945. Segundo o professor Alceu, “o homem foi uma legenda e é mais um dos tantos desconhecidos dos acreanos”.

Minha curiosidade foi de tentar entender como ele andou na Serra do Moa, Divisor e Contamana, entre agosto de 1935 e fevereiro de 1936. Para o professoro Alceu é possível que Oppenheimtenha sido passageiro do primeiro avião a pousar em Cruzeiro do Sul, vindo de Pucalpa, no Peru. Os indícios de que isso realmente aconteceu poderão ser verificados nesta semana, durante a inauguração do novo prédio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Cruzeiro do Sul. Por sugestão do desembargador Arquilau Melo, a nova edificação da Justiça Eleitoral, construída na região em que se localizava o primeiro aeroporto daquela cidade, abrigará um museu. E nele serão mostradas as fotos desse avião pioneiro.

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Victor Oppenheim havia descoberto petróleo no lado peruano da Serra do Divisor. Sua viagem ao Acre foi para prospectar a possível ocorrência do ouro negro do lado brasileiro. E sua viagem foi mesmo uma aventura de cinema, do tipo Indiana Jones. Imaginem que naquela época ele arregimentou um grupo de apoio, comprou alguns batelões e canoas e cruzou a Serra do Moa, enfrentando cachoeiras e mantendo contatos com indígenas, até parar do outro lado da fronteira, no Peru. Até nos dias de hoje tal viagem é uma “verdadeira aventura”, completada por poucos.

Em sua viagem Oppenheim subiu até as cabeceiras do Rio Azul, visitou o Rio Paraná dos Mouras e manteve contato com a tribo indígena que ele chamou de Nucuini. No lado peruano ele continuou a viagem de estudo geológico descendo o Rio Tapiche e o Ucayali, encontrando com as tribos dos Capanaua e Chamas.

Confesso que achava que tinha sido ele o responsável por levar os equipamentos e abrir os buracos no pé da Serra do Moa em busca de petróleo. Isso foi façanha de um brasileiro legendário, Pedro de Moura, que, seguindo os passos do Oppenheim, esperava achar petróleo naquela região. Mas essa é outra história legendária de homens de fibra e espírito aventureiro que desbravaram o Vale do Juruá.

*Evandro Ferreira é engenheiro agrônomo e pesquisador do INPA/Parque Zoobotânico da UFAC

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