Sendo um dos 25 festivais jovens mais promissores do mundo, é com essa potencialidade que a programação do V Festival Pachamama – Cinema de Fronteira foi lançado para a imprensa na manhã desta quinta-feira, dia 30. Neste ano a programação prevê, no período de 9 a 15 de novembro, atividades em seis lugares em Rio Branco.
Mostra de filmes, rodas de conversas, oficinas, sessões nos bairros, shows e festa promovem encontros entre os convidados, cineastas, críticos, artistas e público em geral. A parceria com o grupo peruano Nómadas continua, possibilitando a realização ao longo de toda semana do evento, exibições em bairros periféricos de Rio Branco e em Sena Madureira. Isso faz com que o cinema chegue ao público mais desassistido do acesso aos bens culturais.
O diretor do festival, Sérgio Carvalho, afirma que cerca de 60 filmes serão apresentados. “Trabalhamos pela divulgação do cinema da América Latina, pela democratização da imagem em movimento e pelo cinema como ferramenta de expressão e luta social. Este ano foram inscritos mais de 300 filmes, entre curtas e longas metragens, de vários estados e de países como Espanha, México, Chile, Argentina, Peru, Bolívia e Guatemala”.
Na quinta edição, o festival oferece duas novas mostras: Cinema pela Democracia – Audiovisual em Rede; e Miração. A primeira abre espaço para imagens e registros do intenso período de manifestações populares nas ruas de todo o Brasil, a partir de junho de 2013, e seu grande impacto social e político nas formas e relações midiáticas. Serão exibidos cinco filmes sobre o período.
A Mostra Miração reúne dois filmes sobre o uso de plantas sagradas utilizadas na América Latina (Peyote e Ayahuasca) e a relação dessas comunidades com a cosmologia em seu contexto social, econômico e político.
O Pachamama também prestará homenagens aos cineastas Eduardo Coutinho, José Celestino Campusano Danilo de S’Acre e Fernando Valdívia. Como? Com mostras que levam o nome de três desses diretores, exibindo um rico acervo de imagens deles, que tanto influenciam o cinema latino.
Esta edição conta com seis rodas de conversa, que buscam debater diversos temas da cadeia do audiovisual: produção de filmes de baixo orçamento; formação de rede de realizadores latinos americanos; e mecanismos de financiamento de projetos audiovisuais.
Este ano o festival se aproxima ainda mais da comunidade acadêmica da Universidade Federal do Acre, por meio de oficinas, sessões de cinema, debate com cineastas, laboratório de cobertura jornalística durante todo o evento. Tudo isso visa criar um espaço de fruição crítica em torno da discussão sobre democratização, descentralização, formação, defesa do patrimônio cultural Amazônico/ Acreano/ Andino.
No show de abertura o evento traz o grupo boliviano Timpana e o músico francês Gaspar Clauss.
O Pachamama foi criado com o objetivo de promover o intercâmbio cultural para ofertar produtos e serviços multiculturais e artísticos. O festival foi estimulado pela abertura da Rodovia Interoceânica, que aproxima as populações da fronteira tripartite formada pela Bolívia, Peru e Brasil, tendo o Acre como porta de entrada.
Em Rio Branco, as atividades ocorrem no Cine Teatro Recreio, Biblioteca Pública, Biblioteca da Floresta, nos bairros e no Sesc. A programação pode ser conferida através do site oficial (cinemadefronteira.com.br).
O V Festival Internacional Pachamama recebe o patrocínio do Banco da Amazônia e Petrobras Cultural, Prefeitura de Rio Branco e Governo do Acre. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)