Após a queda da laje de uma casa localizada na Travessa Nacional, no bairro Comara, em Rio Branco, que ocasionou a morte da proprietária do imóvel, a presidente da Associação das Travestis do Acre (Atrac) Raissa Rios, de 37 anos, o Corpo de Bombeiros condenou duas áreas externas da casa. O prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, esteve no local para prestar auxílio aos familiares e conversar com os moradores da residência comprometida. Ele afirma que existe a possibilidade da construção ser irregular.
“Se você vai fazer uma intervenção no imóvel, precisa pedir o auxílio de um profissional habilitado, senão podem ocorrer riscos à vida, como foi o caso. É preciso ser feita uma perícia, mas pelo que vemos da estrutura é possível que ela [a proprietária] não seguiu o que as normas brasileiras estabelecem. A nossa lei diz que primeiro temos que fazer o contato com um profissional habilitado e, na sequência, colocar esse projeto em aprovação do poder público”, afirma.
A área condenada foi demolida ainda na tarde desta terça-feira (30). Segundo o major James Clei de Carvalho, responsável pelo caso, a parte interna do imóvel, onde viviam outras três pessoas, ainda será avaliada.
“A laje caiu e, em decorrência disso, a estrutura da casa ficou toda comprometida. São duas áreas, a parte da frente, que é uma laje, e a parte dos fundos. O nosso engenheiro veio aqui, fez uma análise da estrutura e condenou essa duas áreas que foram demolidas. Depois iremos verificar a estrutura final, se ela tiver sido comprometida nós teremos que demolir toda a residência”, explica
O engenheiro do Corpo de Bombeiros esteve no local e fez uma análise para determinar os motivos que ocasionaram a queda da estrutura que matou a travesti. Segundo os vizinhos, a laje era parte recente do imóvel e tinha começado a ser construída no início deste mês.
Entenda o Caso
A laje de uma casa localizada na Travessa Nacional, no bairro Comara, em Rio Branco, desabou na manhã desta terça-feira (30) matando a proprietária do imóvel, Raissa Rios, de 37 anos, presidente da Associação das Travestis do Acre (Atrac) e fundadora da Associação dos Homossexuais do Acre (Ahac). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu) foi acionado, mas a jovem morreu ainda no local, antes de receber socorro. O Corpo de Bombeiros foi acionado para retirar o corpo de Raissa que ficou preso às ferragens. (Veriana RibeiroDo G1 AC)