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Percy Fawcett no Acre (Final)

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
11/11/2014 - 15:19
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Depois do roubo dos arreios das  mulas do Cel. Plácido de  Castro, em Esperança, Fawcett chegou em Santa Rosa no Rio Abunã. Santa Rosa era sede de um dos barracões de Suarez Hermanos de Riberalta. No início do Século XX a firma Suarez Hermanos, sob o comando de Dom Nicolas Suarez, dominava a extração e o comércio de borracha na Bolívia.

Para Fawcett “é uma pena que os rios perderam seus antigos nomes.  Os nomes indígenas indicariam a qualidade do rio. O Rio Acre era denominado pelos indígenas de Macarinarra, ou “Rio das Flechas”. O Rio Rapirã, um afluente do Abunã, era o “Rio dos Cipós”. Outro pequeno igarapé chamado Caipora, era o “Rio do Algodão”.  No futuro as antigas nomenclaturas serão esquecidas, uma perda pois poderiam indicar inclusive a existência de minerais estratégicos”.

Este futuro chegou e hoje não sabemos o que indicavam os antigos nomes dos rios e das localidades. Qual o significado de Ituxi, Iquiri, Xapuri, Bujari, Quinari – só para ficarmos em alguns topônimos e hidrônimos. Segundo Fawcett, o Rio Abunã era habitado pelos indios Pacaguaras. Também no Abunã, acima da Cachoeira  do Tambaqui, Fawcett relata o ataque dos indios Karapunas.

“Antes de deixar Santa Rosa para descer o Abunã, nos despedimos do Cel.Plácido de Castro”. Isto é um indicativo de  que Plácido acompanhou Fawcett de Empresa para Capatará e de Capatará, pelo varadouro, para Santa Rosa.

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“Como era usual, Plácido de Castro estava acompanhado por uma matilha de cachorros. Os cachorros do Plácido eram de várias raças e tinham o hábito de sentar a cada minuto para se coçar.  Na floresta, os cães se coçam todo o tempo – passam a vida se coçando”. No livro Exploration Fawcett, lançado em 1953 e escrito pelo filho mais novo de Fawcett, Brian, consta uma foto do Cel. Plácido, cercado por vários cachorros. A foto foi feita no Capatará e Plácido aparece de corpo inteiro.

“Foi a última vez que eu ví o Cel. Plácido. Logo depois Plácido foi baleado por assassinos desconhecidos. Sua morte foi uma perda sentida em toda a região, Plácido era um homem inteligente e justo”. Pouco mais de um ano depois deste encontro, em agosto de 1908, Plácido foi morto enquanto cavalgava no varadouro entre Empresa e Capatará.

“O Cel. Plácido em 1903 ocupou posição de destaque na Revolução Acreana  contra os bolivianos. Plácido me disse que no início da Revolução ele vestiu seus homens de “khaki”, mas depois mudou o uniforme para verde. O verde provou ser menos conspícuo na floresta e as perdas reduziram-se muito. Na opinião de Plácido foram falhas no governo que causaram a revolta dos brasileiros. De seus próprios feitos e conquistas, Plácido era modesto e reticente, mas sua fama havia se espalhado muito além do Acre”.

Foram as últimas referências feitas por Fawcett sobre Plácido de Castro.

Nas palavras de Fawcett, “O Abunã é um dos rios mais insalubres da Amazônia. Ninguém consegue viver muito tempo em suas margens. Cerca de seis anos atrás uma expedição com duzentos peões foi realizada para explorar o Rio Blanco, um afluente do Abunã e apenas sete deles sobreviveram. Na vila de Santa Rosa do Abunã, morrem três pessoas por semana”.

Foi no Abunã, abaixo da boca do Rio Negro (um afluente boliviano), que Fawcett descreve o encontro com uma enorme sucuri (anaconda). Segundo Fawcett “a cobra estava enrolada em um tronco e parcialmente fora da água. Os índios que me acompanhavam ficaram ansiosos e não queriam que eu atirasse na mesma porque esses répteis atacam pequenos barcos quando ficam irritados. Ela media aproximadamente 14,5 m na parte fora da água e estimados 5 metros sob a água”. Ele reconheceu que o tamanho da cobra não muito comum, mas não descomunal, pois integrantes da Comissão de Fronteira Brasil-Bolívia (que ele liderou) haviam dito a ele que em Corumbá uma anaconda de pelo menos 25 m havia sido morta perto daquela cidade.

Na Inglaterra a estimativa de tamanho da anaconda avistada por Fawcett foi tomada como exagerada  Quando o livro que conta as aventuras de Fawcett (‘Exploration Fawcett’) foi editado em 1953, em nota de rodapé, Brian Fawcett escreveu: “Quando as medidas desta serpente foram conhecidas em Londres, meu pai foi considerado um grande mentiroso”. Os estudiosos de Criptozoologia citam Fawcett e esta serpente como prova da existência de animais desconhecidos para a ciência.

Fawcett e seu grupo passaram na Cachoeira de Fortaleza do Abunã por terra, arrastando o batelão sobre troncos. Quatro horas abaixo de Fortaleza, chegaram ao Rio Madeira. Ele relata que toda a borracha produzida no Abunã era considerada boliviana. As taxas cobradas pela Bolívia eram menores do que as cobradas pelo Brasil.

Em 1925, dezoito anos depois de sua passagem pelo Acre, Fawcett desapareceu nas selvas do Mato Grosso e entrou para a história. Várias expedições foram realizadas no afã de encontrar os restos mortais do explorador. Todas falharam e ajudaram a aumentar o mito em torno do mesmo. O livro‘The Lost City of Z’ (2009) – baseado na vida Fawcett – teve seus direitos cinematográficos adquiridos pela produtora de cinema pertencente ao famoso ator Brad Pitt. Segundo sites especializados o filme será lançado em 2015.

Será que as aventuras de Fawcett no Acre serão incluídas no filme? Vamos aguardar.

*Evandro Ferreira é engenheiro agrônomo e pesquisador do INPA e do Parque Zoobotânico da UFAC;
**Alceu Ranzi é paleontologista e professor aposentado da Universidade Federal do Acre.

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