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Replicante: Estouro da Boiada da Corrupção Nacional

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
22/11/2014 - 18:48
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Conforme a tradição do Velho Oeste/EUA, a tarefa de conduzir uma boiada implicava em conviver ao longo do caminho com tragédia, desespero e traição por parte, principalmente, de coubóis renegados infiltrados nas caravanas. Contudo era o estouro da boiada a grande preocupação dos vaqueiros.

As causas de um estouro de boiada, são as mais diversas possíveis, algumas até inusitadas. Por exemplo, no filme Rio Vermelho (l948) com John Wayne e Montgomery Clift, o estouro se dá em função de um pequeno detalhe. Um vaqueiro, que era chegado a comer açúcar,  sempre que o cozinheiro dava ensejo, lá estava ele a surrupiar um pouco de sacarose. Numa noite, quando só se ouve, ao longe, o uivado do coiote, o peão  boiadeiro, apesar das inúmeras advertências do cozinheiro ranzinza, não consegue controlar  sua compulsão pelo açúcar e se dirige a carroça de alimentos; entretanto ao concluir seu intento derruba as panelas; a zoada “transfunde o espanto  sobre o rebanho inteiro”. E lá se vai a boiada, que no dizer de Euclides da Cunha: “Não há mais como contê-los ou alcançá-los. Acamam-se as caatingas (contexto do sertão brasileiro), árvores dobradas, partidas, estalando em lascas e gravetos; desbordam de repente as baixada num marulho de chifres; estrepitam, britando e esfarelando as pedras, torrentes de cascos pelos tombadores; rola surdamente pelos tabuleiros ruído saturno e longo de trovão longínquo…”

Além dessa explosão, as boiadas destroem-se em minutos, “feito montes de leivas, antigas raças penosamente cultivadas; extinguem-se, em lamaceiros revolvidos, as empoeiras rasas; abatem-se, apisoados, os pousos; ou esvaziam-se, deixando-os espavoridos, fugindo para os lados, evitando o rumo retilíneo em que se despenha a arribada. Milhares de corpos que são um corpo único, monstruoso, informe, indescritível, de animal fantástico, precipitado na carreira doida”.

No entanto, o que tem a ver o meu saudosismo, bem como o sincretismo e o pré-modernisno de “Os Sertões”, com os tempos pós-modernos da era digital? Tudo, porquanto quando se pensava que setores dos poderes constituídos não mais incorreriam em escândalos do tipo: corrupção nos Correios; mensalões;  corrupção em casas legislativas; corrupções no executivo;  rede cachoeira  um organismo mais poderoso do que quase todos os partidos políticos. Aliás, a extensão dessa “rede” operava em setores do Ministerio da Saúde (Anvisa), Ministério dos Transportes, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Ministério da Educação, Ministério da Justiça por meio da Polícia Federal, Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, governo de Goiás, governo do Distrito Federal (e, possivelmente, mais governos), Receita Federal, Senado, Câmara e; “n” subornos ou peitas, testemunhados pelo povo brasileiro, que por si só revelam “lamaceiros revolvidos” pró-prios de um estouro de boiada. Lembra, leitor? Ou já esqueceu?

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A propósito, enquanto sobejam miríades de dóláres e mais dólares, nos bolsos de uns poucos, o pão que o pobre consegue é aquele que o “próprio diabo amassou”. Conseguido com muito suor e sacrifício, em meio aos apertos dos consumos pesados  da luz elétrica, água potável, dos remédios caríssimos,  dos meios de transportes humilhantes, etc., que se somam aos implacáveis impostos oficiais.

Contudo, quando se pensava que havia calmaria na condução do rebanho, eis que surge  o petrolão deflagrado pela “Operação Lava Jato”. Com um replicante estouro da boiada da CORRUPÇÃO NACIONAL. A única diferença é que no  estouro da boiada  “petrolão”, está sendo revelado o nome dos bois. Que assim seja, pois afasta de nós o estigma, infamante e desonroso, de terra sem lei. Terra, segundo declarou o advogado de um dos acusados confesso, do rombo descomunal na Petrobras, em que não se faz qualquer obra pública, sem pagar propina.

Enquanto isso, o bom vaqueiro-chefe, protótico da presidente Dilma, estirado e “preso às crinas do cavalo” vê chegar os companheiros que escutaram, de longe, o estouro. Ai, então, renova-se a lida: “novos esforços, novos arremessos, novas façanhas, novos riscos e novos perigos, a despender, a atravessar e vencer, até que o boiadão… pouco a pouco afrouxe e estaque, inteiramente cansado”.

*Pesquisador  Bibliográfico em Humanidades.
E-mail: [email protected]

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