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Presidente Dilma lamenta morte de ex-ministro Márcio Thomaz Bastos

Presidente Dilma Rousseff compareceu ao velório

O advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, 79 anos, morreu na manhã de ontem, 20, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Bastos foi internado na terça-feira, 18, para tratamento de descompensação de fibrose pulmonar, segundo boletim médico divulgado pelo hospital.

O corpo foi velado na Assembleia Legislativa de São Pau-lo durante toda tarde e noite de quinta-feira, 20. O caixão chegou à Assembleia pouco antes das 15h. Está previsto que o velório seguirá até as 8h desta sexta-feira, 21. Em seguida, seguirá para o Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, Grande São Paulo, onde será cremado ainda no início da manhã.

Por volta das 16h, a presidente Dilma Rousseff chegou ao velório e conversou com a viúva Maria Leonor de Castro Bastos. Também estavam presentes o ministro Aloízio Mercadante, o prefeito de São Bernardo e ex-ministro Luiz Marinho e o governador eleito de Minas e ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Fernando Pimentel.

Dilma ficou por cerca de uma hora no velório. Logo após sua saída, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou à cerimônia, onde acompanhou um momento de oração conduzido por um padre.

Em nota, a presidente Dilma Rousseff lamentou a morte do ex-ministro:
“Rendemos hoje as nossas homenagens a um grande brasileiro. O país perdeu um grande homem. O Direito brasileiro perdeu um renomado advogado e eu perdi um grande amigo.

Márcio Thomaz Bastos era um defensor intransigente do direito de defesa e considerava o exercício da advocacia um pilar da sociedade livre. Como ministro da Justiça, foi responsável por avanços institucionais, como a reestruturação que ampliou autonomia à Polícia Federal, a aprovação da emenda constitucional da reforma do Poder Judiciário e o Estatuto do Desarmamento.

Quem teve o privilégio de conviver com ele, como eu tive, conheceu também um amigo espirituoso, de caráter e lealdade ímpares.

“A seus familiares, amigos, alunos e admiradores, meus sentimentos nessa hora de dor”.

Trajetória – Um dos advogados criminalistas mais influentes do país, Bastos foi convidado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para compor a equipe do primeiro mandato. Comandou o  Ministério da Justiça entre 2003 e 2007.

Mesmo depois de deixar o ministério, continuou em evidência ao atuar em casos de grande repercussão nacional. A acusação dos assassinos de Chico Mendes, do cantor Lindomar Castilho e do jornalista Pimenta Neves são outros trabalhos de repercussão nacional no currículo do ex-ministro. Em 2012, Bastos foi contratado pelo empresário Eike Batista para defender o filho Thor Batista, que respondia por um atropelamento. (Do G1/SP/ FOTO: NELSON ANTOINE FRAME/ESTADÃO)

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