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Gazetinhas 08/12/14

* Cheia daqui, alagação acolá…

* E olha que ainda estamos no início de dezembro, período, até então, atípico para esse tipo de noticiário.

* Será a natureza nos dando um recado, após décadas de omissão contra ela?

* O pior é que, por essa lógica, muito mais ainda está por vir…

* Em Tarauacá, o rio voltou a subir e, na última sexta-feira, ultrapassou novamente a cota de transbordamento, que é de 9m.

* É o chamado “repiquete”.

* As autoridades do município já estão em alerta, preparando-se para a possibilidade de a cidade reviver o drama de 20 dias atrás, quando mais de 5 mil famílias ficaram desabrigadas devido à enchente.

* Uma tristeza.

* Por enquanto, a preocupação da prefeitura é com os desbarrancamentos que estão ocorrendo em algumas áreas da cidade…

* E a previsão para este final de semana é ainda de muita chuva nas cabeceiras dos rios Tarauacá e Muru.

* Em Porto Velho, mais previsões pessimistas sobre o Rio Madeira começam a circular e propagam-se rapidamente por aqui…

* E, claro, com um aquela característica superlativa que o acreano adora incorporar.

* De onde terá vindo essa nossa mania de “grandeza”, hein?

* Herança de Galvez, será?!

* Égua!

* As últimas notícias alarmistas vieram após a informação do vice-governador de Rondônia sobre o aumento do nível do rio, que está dois metros acima do registrado no mesmo período do ano passado.

* Durante visita técnica ao canteiro de obras da ponte, Airton Gurgacz teria demonstrado preocupação com uma nova cheia, no próximo ano, tendo como consequência o isolamento do Acre pela estrada.

* Uma declaração, talvez, até bem intencionada do vice-governador…

* Mas, na atual conjuntura, precipitada.

* Tratando-se de clima, de chuvas e de Amazônia, pesquisadores demonstram sempre muita cautela em dar prognósticos a médio ou longo prazo.

* Justificam que a instabilidade é tanta que a previsibilidade climática de até 90 dias não é nada confiável.

* Mas, concordam em dizer que uma nova cheia do Madeira com proporções semelhantes à ocorrida este ano é um fenômeno com poucas chances de voltar a ocorrer em 2015.

* Segundo estudos do nosso homem do tempo, Davi Friale, corroborado por outros meteorologistas e engenheiros, pela média climatológica, um novo evento climático como esse só deve voltar a ocorrer daqui a cerca de 60 anos.

* E, de acordo com cálculos estatísticos da Agência Nacional das Águas, a probabilidade é que ocorra a cada 300 anos.

* Podemos ficar tranquilos, então, né, leitor?

* Pior que não, porque, como eles mesmos disseram, estamos falando é de Amazônia…

* Ai ai ai.

* São Pedro, olhai por nós.

A Gazeta do Acre: