A Vara de Execuções Penais (VEP) da Comarca de Rio Branco concedeu 120 pedidos de Dispensa Natalina para reeducandos (presidiários) passarem as festas de fim de ano com suas famílias. A medida é uma forma sensata de fazer os presos valorizarem mais a liberdade, a reabilitação social ao lado de suas famílias. É humana. Mas nem por isso deixa de causar receio nas pessoas.
A população teme quando pessoas com um passado negro ficam soltas. Não é nem questão de preconceito para com elas. É de zelo. De memória e de reafirmação de lugares comuns. Muitos acham que a maioria dos detentos que recebem a dispensa natalina não vai voltar à prisão depois.
Se isso a maioria deles retorna, isso é bom. Significa que a medida deu certo. Só que vai caber à Justiça cuidar para que as pessoas tomem conhecimento deste fato. Dar tranquilidade ao povo.
Quem vai ganhar liberdade são os presos em regime semiaberto (ou seja, aqueles que já têm o direito garantido de sair temporariamente da prisão) e com bom comportamento. Só que a população em geral, ainda assim, os teme. Discrimina-os pela sua condição de presidiários. E é o Judiciário que deve melhorar a imagem desta sua medida perante à sociedade.