A piscicultura acreana vai viver novo momento a partir de 2015. Com os investimentos feitos pelo Governo do Estado e parceiros como o Banco da Amazônia, a expectativa é que o setor impulsione a economia do Acre.
Para se ter uma ideia, a Peixes da Amazônia já está em fase final de implantação. O centro de alevinagem e a fábrica de ração já estão funcionando. O frigorífico aguarda apenas laudos para iniciar sua operação.
A expectativa é que em poucos meses toneladas de peixes processadas sejam exportadas para o restante do Brasil e até para outros países, garantindo a geração de renda para milhares de famílias.
Antes mesmo de entrar no seu funcionamento total, a Peixes da Amazônia já se tornou referência para o país. “Em breve vamos nos consolidar no mercado como uma potência no setor”, comemora o diretor presidente, Fábio Vaz.
Ele lembra que o sucesso do negócio é fruto da ousadia do governador Tião Viana e do apoio de parceiros importantes como o Banco da Amazônia que já investiu quase R$ 19 milhões no frigorífico.
“O Basa é um grande parceiro dos acreanos. O apoio dado nas obras do frigorífico foram fundamentais. E a direção do banco já sinalizou que pode apoiar ainda os produtores e cooperativas que tiverem terras regularizadas e a produção de qualidade para fornecimento para peixes da Amazônia”, explica Vaz.
Para ele, esse tipo de parceria é fundamental para garantir a inclusão social de milhares de famílias que podem sonhar com a melhoria da qualidade de suas vidas, através da piscicultura.
Fábio Vaz destaca ainda a parceria com o Governo do Estado, através da Agência de Negócios do Acre (Anac) e do FIP KAETE Investimentos, e dos sócios que contribuíram para a construção do centro de alevinagem e da fábrica de ração.
Cooperativas agradecem investimentos
Gratidão. Esse é o sentimento dos piscicultores acreanos em relação ao Governo do Estado e aos parceiros como o Banco da Amazônia. Se antes eles viviam praticamente no esquecimento e no prejuízo, agora, comemoram a concretização de um sonho antigo.
“Nós só temos muito a agradecer ao Governo do Estado e aos parceiros que acreditaram e investiram nesse projeto ousado. Para nós, tudo que está sendo feito é um grande presente. Muita coisa já melhorou. Acreditamos que os benefícios só começaram”, comemorou José Augusto, da Central de Cooperativas de Piscicultores, durante visita do ministro da Pesca à Peixes da Amazônia, no dia 29 de janeiro.
A manifestação de José Augusto reflete o sentimento de gratidão dos milhares de piscicultores de todo Estado. Sejam os grandes ou os pequenos piscicultores, todos comemoram o novo momento da piscicultura acreana.
Produção de alevinos e ração
O Centro de Reprodução de Alevinos da Peixes da Amazônia, já está em pleno funcionamento. Para 2015 a meta é produzir mais de dois milhões de alevinos.
A intenção é produzir, principalmente, alevinos de Pintado, Pirarucu e Tambaqui. Com isso, o piscicultor terá acesso facilitado aos alevinos, por um preço acessível.
A fábrica de ração também já esta funcionando e, inclusive, realizando contratos de vendas e entregas. A ração é para as espécies de tambaqui, pintado e pirarucu.
A fábrica de ração tem capacidade para produzir mais de 80 toneladas por hora. A comercialização deve ser feita tanto direto ao produtor parceiro como também nas lojas agropecuárias.
Por enquanto, está sendo priorizada a venda ao produtor que queira trabalhar na forma de contrato de parceria. Com isso, ele tem acesso a ração e alevinos mais baratos, com garantia de compra da produção pela Peixes da Amazônia.
“Isso é bom porque o produtor pode aumentar sua produção, pois sabe que vai vender tudo de uma vez. Atualmente ele fica praticamente refém das pequenas compras, que nem sempre são certas”, explica Fábio Vaz.
Conquistando o mercado brasileiro
Nem mesmo entrou plenamente em operação e o frigorífico da Peixes da Amazônia, já recebe encomendas de vários estados brasileiros. São pedidos de empresas do Nordeste, São Paulo e de estados do Centro Oeste.
Em breve o peixe processado estará disponível também na rede atacadista do Acre. A empresa quer processar este ano mais de três mil toneladas de peixes.
“Estamos fazendo estudos no mercado internacional. Mas, por enquanto, estamos trabalhando para atender o mercado nacional com qualidade”, afirma Vaz.