Apesar de reconhecerem que o uso do preservativo é a melhor forma de prevenção às DST e aids, muitos brasileiros adotam comportamento de risco. Essa é a conclusão da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), realizada pelo Ministério da Saúde, em 2013. Na região Norte, 87% das pessoas sabe da importância do uso do preservativo. Mesmo assim, 50% da população sexualmente ativa da região não fez uso da camisinha em todas as relações sexuais com parceiros casuais, no último ano.
Os dados regionais comparativos com as pesquisas anteriores mostram que o uso do preservativo em todas as relações sexuais, nos últimos 12 meses, se manteve praticamente estável – 47% em 2004; 50% em 2008 e 2013 – apesar das constantes campanhas de estímulo ao uso do preservativo durante todos esses anos. Além disso, houve um crescimento significativo de pessoas que relataram ter tido mais de 10 parceiros sexuais na vida. Esse percentual subiu de 26% em 2004 para 27% em 2008, chegando aos atuais 49,2% no ano de 2013. Esse índice é o segundo maior dentre as regiões brasileiras, perdendo apenas para a região sudeste, que registrou 49,5%.
”Esses dados demonstram um esgotamento das estratégias tradicionais de prevenção focadas apenas nos preservativos. A campanha de Carnaval deste ano com o slogan Partiu Teste – focada na prevenção combinada de camisinha, testagem e tratamento – é uma resposta a essa nova realidade”, ressaltou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
BRASIL – Segundo a PCAP, a maioria dos brasileiros (94%) sabe que a camisinha é melhor forma de prevenção às DST e aids. Mesmo assim, 45% da população sexualmente ativa do país não usou preservativo nas relações sexuais casuais nos últimos 12 meses. Realizada em 2013, a pesquisa entrevistou 12 mil pessoas na faixa etária de 15 a 64 anos, por amostra representativa da população brasileira.
Os dados comparativos com pesquisas anteriores mostram que o uso do preservativo na última relação sexual, ocorrida nos últimos 12 meses, se manteve praticamente estável: 52% em 2004; 47% em 2008 e 55% em 2013. Além disso, houve um crescimento significativo de pessoas que relataram ter tido mais de 10 parceiros sexuais na vida. Esse percentual subiu de 19%, em 2004, para 26% em 2008, chegando a 44% no ano de 2013.
BRASIL/NORTE – Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de aids no país. Na região Norte, foram 41.036 casos no mesmo período. A epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos de aids, a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil casos novos ao ano. No Norte, a epidemia apresenta curva acentuada de crescimento. São 26 casos a cada 100 mil habitantes, acima da média nacional. No Brasil, o coeficiente de mortalidade por aids caiu 13% nos últimos 10 anos, passando de 6,1 óbitos por 100 mil habitantes em 2004, para 5,7 casos em 2013. No Norte, o coeficiente atual de mortalidade é de 7 casos por 100 mil habitantes. Estes indicadores motivaram o Ministério da Saúde, em meados de 2014, a instalar uma Cooperação Interfederativa (Força Tarefa), especificamente para enfrentar, de maneira diferenciada, a epidemia no Estado do Amazonas.